Em meio à pandemia do novo coronavírus, que atinge todo o mundo, a hidroxicloroquina, remédio usado há anos para tratar diversas doenças, chegou a ser apontada como solução para a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. As evidências científicas, porém, ainda estão em estudo.
Nesta segunda-feira (15), a Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de medicamentos nos Estados Unidos, suspendeu o uso emergencial da hidroxicloroquina no tratamento aos pacientes diagnosticados com a Covid-19. A decisão está repercutindo nas redes sociais.
A FDA havia autorizado o uso da substância no tratamento a pacientes. À época, o comissário da agência, Stephen Hahn, afirmou que a decisão havia sido baseada em evidências científicas e na avaliação de critérios dos Estados Unidos.
Em nova decisão, a FDA argumenta que a hidroxicloroquina não atende aos critérios legais para autorização de seu uso de forma emergencial. A cientista chefe da FDA, Denise Hinton, escreveu para a Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento Biomédico Avançado (Barda), Gary Disbrow.
“Não é mais razoável acreditar que as formulações orais de hidroxicloroquina e cloroquina podem ser eficazes no tratamento da covid-19, nem é razoável acreditar que os benefícios conhecidos e potenciais desses produtos superem seus riscos conhecidos e potenciais”, afirmou Denise.
No Brasil, a hidroxicloroquina tem como grande defensor o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e tem gerado discussões acaloradas entre apoiadores e críticos do chefe do Executivo.