Muitos países já enfrentaram a segunda onda do novo coronavírus, mas em várias regiões do Brasil a população ainda enfrenta a primeira onda que se transformou em um ‘tsunami’ e se prolonga bem mais do que era previsto.
O tão falado teto da curva de casos vai se arrastando enquanto o número de casos segue em alta e muitas autoridades se mostram impotentes diante da pandemia que vai se arrastando.
No estado de São Paulo é possível ver este cenário com facilidade, pois o isolamento social perde força justamente no pior momento da pandemia e segundo especialistas isto fará com que a situação demore muito mais para começar a ser resolvida.
A flexibilização da quarentena trazia várias regras, mas que acabam não sendo respeitadas, por exemplo, o transporte público traz ônibus lotados, o comércio de rua causa aglomerações, entre outras infrações.
Os especialistas denominam esta fase como ‘areia movediça’, onde as pessoas acabam afundando no problema quando estão buscando uma saída. “Quanto mais nos movimentamos, mais afundamos”, disse Raul Guimarães, que é professor na Unifesp.
A expectativa é de que a curva começaria a cair no início deste mês, mas com a flexibilização a taxa de transmissão voltou a disparar em várias regiões e assim o teto vai sendo postergado por mais algumas semanas ou meses.
A curva só começará a cair quando o Brasil conseguir reduzir a taxa de transmissão e no momento isso só é obtido com o isolamento social, já que não foi lançada ainda uma vacina capaz de oferecer imunidade contra a Covid19.
Especialistas alertam que a segunda onda ainda virá e pegará a economia mais fragilizada, os hospitais mais lotados e as pessoas fora de casa, o que poderá causar ainda mais problemas.