Os 63,5 milhões de brasileiros que recebem o auxílio emergencial estão na expectativa se haverá ou não novos pagamentos do benefício. O auxílio emergencial foi anunciado em abril. Inicialmente, o Governo Federal se dispôs a pagar R$ 200. Após discussão no Congresso Nacional, o valor foi elevado para R$ 600 por um período de três meses.
A última parcela está sendo paga neste mês de junho – exceto para aqueles que conseguiram aprovação para receber o benefício depois das primeiras parcelas já pagas. Agora, a discussão gira em torno da prorrogação ou não do auxílio e de qual será o valor das prováveis parcelas extras.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já disse mais de uma vez que deve haver prorrogação, mas que o valor não será de R$ 600. Nesta segunda-feira (22), o presidente afirmou que a União não aguentaria novas rodadas de R$ 600, que representariam R$ 50 bilhões aos cofres públicos.
Minta menos e trabalhe mais, @jairbolsonaro. Você queria pagar apenas R$ 200. Quem aumentou para R$ 600 fomos nós no Congresso. E agora você está oferecendo só + 2 parcelas de R$ 300, debochando de milhões de famílias. Nossa proposta é pagar os R$ 600 pelo menos até dezembro. https://t.co/Co7uPne3CX
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) June 22, 2020
O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) compartilhou publicação de Jair Bolsonaro sobre o tema e chamou o presidente de mentiroso. Freixo afirmou que o valor do auxílio foi aumentado pelo Congresso. “E agora você está oferecendo só mais duas parcelas de R$ 300, debochando de milhões de famílias. Nossa proposta é pagar os R$ 600 pelo menos até dezembro”, escreveu Freixo.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se manifestou à favor da extensão do auxílio por mais dois ou três meses, que se daria entre julho e setembro. Para que o auxílio tenha um valor menor do que os atuais R$ 600, o Governo Federal vai ter que enviar novo projeto ao Congresso.