Uma das históricas bíblicas mais marcantes é a das dez pragas lançadas sobre o Egito. A história está registrada no livro de Êxodo, escrito por Moisés. O povo hebreu era mantido escravo no Egito e foi liberto por Deus. Moisés foi o grande líder desse momento. Nos versículos 13 e 14 do capítulo de Êxodo, detalhes da oitava praga, a nuvem de gafanhotos, são revelados.
“Moisés estendeu a vara sobre o Egito, e o Senhor fez soprar sobre a terra um vento oriental durante todo aquele dia e toda aquela noite. Pela manhã, o vento havia trazido os gafanhotos, os quais invadiram todo o Egito e desceram em grande número sobre toda a sua extensão. Nunca antes houve tantos gafanhotos, nem jamais haverá”, diz o texto bíblico.
Nesta terça-feira (23), muita gente se lembrou do relato bíblico devido à nuvem de gafanhoto que passou pelo Paraguai, chegou à Argentina e pode entrar no Brasil nos próximos dias. O governo argentino afirmou que os gafanhotos não causam danos diretos aos seres humanos, mas podem destruir plantações.
Plaga de langostas llega a Argentina: comen como 350.000 personas
Los voraces insectos provienen de Paraguay y tienen en alerta a los agricultores de la provincia de Formosa.
Los productos amenazados por estos insectos son los cultivos de mandioca, maíz, caña de azúcar. pic.twitter.com/1KDB2VjGHo
— 𝑱𝒐𝒓𝒈𝒆 𝑹𝒂𝒗𝒂𝒏𝒂𝒍𝒆𝒔 𝑨. ♠♥♣♦ (@jravanales) June 19, 2020
No Paraguai, os insetos destruíram lavouras de milho. A capacidade de destruição é muito grande. Juntos eles podem consumir quantidade de pasto equivalente ao consumo de 350 mil pessoas e 2 mil vacas. Na Argentina, as regiões afetadas são Chaco, Formosa e Santa Fé. Estes locais produzem mandioca e cana-de-açucar.
#AlertaLangosta ⚠️🦗 Constatamos la presencia de una manga de #langostas proveniente de Paraguay 🇳🇱 en Colonia Santo Domingo, localidad de General Manuel Belgrano, #Formosa. Estamos evaluando la densidad de la población de la plaga y los daños a los cultivos de maíz y mandioca. pic.twitter.com/Lc52YctoA4
— Senasa Argentina (@SenasaAR) May 22, 2020
Rio Grande do Sul e Santa Catarina são os locais que podem ser afetados pelo gafanhotos. “Ainda não temos muita certeza do que vai acontecer, se eles vão entrar aqui ou não, mas já estamos conversando com produtores sobre o assunto”, afirmou o engenheiro agrônomo Daniel da Costa Soares, da Emater de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.