Ex-bispos e ex-pastores da Igreja Universal do Reino de Deus de Angola invadiram algumas sedes locais da entidade religiosa e tomaram o poder, nesta segunda-feira (22). Os detalhes foram contados por emissoras de TV do país. Cinco templos foram invadidos nas cidades de Luanda, Banguela, Huambo e Malange.
De acordo com o portal R7, a ação dos pastores desertores teria sido violenta. Pastores, esposas de pastores e funcionários teriam sido agredidos (veja foto abaixo). Os invasores pediram a retirada dos pastores brasileiros e também dos seguranças.
“Eu sou segurança da igreja, não sabemos porque está acontecendo isso”, afirmou um segurança da igreja de Morro Bento. “Os seguranças querem impedir a manifestação justa dos pastores”, disse um dos homens que tomou a igreja. Os ex-pastores acusam a Universal de racismo e evasão de divisas.
“Temos observado que as suas práticas não mudaram, continuam sendo as mesmas práticas. A prática do racismo, a prática da evasão de divisas, a prática da corrupção ativa e passiva. Por essa razão, nós, angolanos, viemos hoje declarar ruptura com a gestão brasileira. De hoje em diante não teremos mais nenhum convênio com a gestão brasileira“, afirmou Nilton Ribeiro, porta-voz do movimento.
Ele afirmou ainda que o movimento de reforma da Universal de Angola será comandado pelo bispo Valente Luz. A igreja de Morro Dentro será a sede da comissão de reforma. A Universal emitiu nota criticando a ação dos ex-pastores. Segunda a nota, estes homens haviam sido expulsos da igreja por práticas e desvios de condutas morais.
“Os mesmos tomados por um sentimento de ódio utilizaram de ataques xenófobos, agrediram e feriram pastores, esposas de pastores e funcionários, usando a violência com objectivo de tomar de assalto a igreja com propósitos escusos”, diz a nota, que termina com o pedido às autoridades locais para que retomem a ordem.