O presidente Jair Bolsonaro e sua equipe econômica, liderada pelo ministro Paulo Guedes, já deixaram claro que querem a prorrogação do auxílio emergencial por mais três meses com valores escalonados descrecentes. Neste cenário, a quarta parcela do auxílio, a ser paga em julho, seria de R$ 500.
Em agosto, este valor cairia R$ 100. Em setembro, a última parcela seria de R$ 300. O Governo Federal não deve ter vida fácil para aprovar a prorrogação do auxílio com os novos valores. O aval do Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal) não deve ser fácil.
Alguns senadores já se manifestaram a favor da prorrogação do auxílio emergencial até o fim do ano e apresentaram projetos de lei (PL) sobre o tema. Estes são os casos de Jean-Paul Prates (PT-RN), Rodrigo Cunha (PSDB-AL) e Zenaide Maia (Pros-RN).
“Não prorrogar o auxílio emergencial, e em R$ 600, significa empurrar milhões de brasileiros para as ruas e para a doença. Nunca é demais lembrar que o auxílio mantém aquecido o comércio de bens e serviços básicos, e que parte do gasto volta ao Estado na forma de arrecadação”, afirmou Rodrigo cunha.
Cunha é autor do PL 3.426/2020, que estenderia o benefício até o fim do ano mantendo o valor atual. Prates é autor do projeto de Lei (PL) 2.627. Ele propõe a extensão do benefício até dezembro, quando termina o estado de calamidade pública aprovado pelo Congresso Nacional.
O PL 2.928, de Zenaide Maia, é ainda mais radical e propõe o pagamento do auxílio emergencial a outras classes de trabalhadores que não foram contemplados inicialmente. O tema, sem dúvida, causará grande discussão. O primeiro passo é o Governo Federal enviar proposta ao Congresso Nacional.