Infelizmente, a pandemia do coronavírus afetou milhares de pessoas no Brasil e no mundo. Muita gente foi afetada financeiramente com a perda do emprego, a redução dos ganhos ou até mesmo, a falência do negócio.
O senhor Odiney Pedroso, de 90 anos, morador de São Paulo, quase entrou para as estatísticas de negócios fechados em meio a pandemia. Desde que o problema global começou, ele vendeu apenas 6 camisas de sua camisaria Pedroso Camiseiro, que ele mantém com muito zelo desde a adolescência.
Pedroso conversou com Renato Dias, dono de um posto de combustível de São Paulo e neto de um grande amigo dele. Na conversa, ele desabafou que estava com medo de ter de fechar de vez sua camisaria, localizada na Vila Romana, região central de São Paulo, e que havia pedido um empréstimo de R$1.800 no banco, mas que lhe negaram o dinheiro. Ele estava aflito com a falta de dinheiro por conta da pandemia e ausência de pedidos.
Foi então que Renato decidiu compartilhar a história de Pedroso nas redes sociais. Seus amigos se interessaram em ajudar o idoso e Renato foi até a loja de Pedroso e o entrevistou. O idoso estava muito sensibilizado com a sua situação financeira, dizendo que nunca passou pelo que está passando e várias vezes começou a chorar no meio da conversa.
Pedroso disse que com os R$1.800 negado pelo banco ele conseguiria colocar a vida no lugar. Seu Pedroso faz as camisas e borda iniciais do nome no bolso lateral se o cliente quiser. As camisas custam entre R$100 e R$300, preço abaixo das principais lojas do bairro em que sua tradicional camisaria está localizada, e com a mesma qualidade.
A simplicidade e desespero do idoso comoveu tantas pessoas que além de chegar vários pedidos de camisas, inclusive do exterior, uma vaquinha virtual foi criada pelo Razões Para Acreditar com o objetivo de obter R$34 mil para ele investir em seu negócio e se manter durante a pandemia. Felizmente, a vaquinha nem chegou na data de vencimento e já angariou mais de R$88 mil.
Pedroso agradeceu a ajuda de todos e disse que está muito feliz com a quantidade de trabalho que está chegando. De acordo com suas palavras, fazer camisas é a sua vida e graças a solidariedade de quase 1500 pessoas, ele está vivendo feliz nesse momento.