Uma história que poderia terminar em uma terrível e irreversível tragédia está se tornando em sinônimo de superação e gratidão. Tony Hudgell tem quase seis anos, mas já é um guerreiro que tem lutado a vida toda para superar todos os limites que aparecem.
Segundo informações divulgadas pelo site britânico Mirror, Tony era apenas um bebê em 2014 quando sofreu maus tratos por parte de seus pais biológicos. As agressões que a criança sofreu foram tão graves que quando chegou a hospital, os médicos acreditavam que ele não sobreviveria.
Tony deu entrada ao Evelina London Children’s gravemente ferido, com fraturas, falência múltipla de órgãos e muitos traumas. O menino sobreviveu, mas precisou ter as duas pernas amputadas como consequência da violência sofrida por parte de seus pais.
O menino tem novos pais hoje que o amam e cuidam muito bem do filho. Tanto que realizaram o seu sonho de ter as próteses para caminhar e ainda o ajudaram a testar a funcionalidade das mesmas com caminhadas que estão rendendo doações ao hospital que salvou sua vida.
Todos os dias Tony coloca suas próteses e suas muletas e começa a caminhar até bater a meta de 10km, e falta bem pouco para isso. Seus passos já renderam um montante de 500 libras, que equivale a quase R$3 milhões. Todo o valor será revertido para o hospital.
E as ações diretas e indiretas do menino não param por aí. Após ajudar o hospital, seus pais adotivos, Paula e Mark, estão lutando para que a Lei Tony seja aprovada na Inglaterra, onde vivem, para que casos como o dele confiram punições mais severas contra os agressores, sejam eles pais biológicos ou não das crianças vítimas de maus tratos. Não há informações sobre o que aconteceu com os pais biológicos de Tony.
Vale ressaltar que em diferentes países, inclusive no Brasil, várias leis foram criadas após tragédias acontecerem, com destaque a Lei Maria da Penha, no Brasil, que surgiu após Maria ser baleada pelo marido e ficar em uma cadeira de rodas, e leis que surgiram nos Estados Unidos para o combate ao bullying após Megan Meier se suicidar em 2006.
Após anos de luta de sua mãe, as ações antibullying ganharam tanto destaque que Megan teve um filme inspirado em sua história e o tema passou a ser debatido em escolas e programas de TV.