Um caso inusitado aconteceu no Reino Unido. A britânica Malgorzata Lewicka processou seu chefe após não ser convidada para comer pizza. A mulher alegou no processo judicial que foi vítima de discriminação.
Na verdade, a ausência do convite para comer pizza com outros colegas foi apenas uma válvula de escape para a mulher processar o chefe. Ela alega que começou a ser assediada no trabalho em 2018 e que depois de reclamar, também sofreu problemas com seu salário e cargo. Além disso, segundo a mulher, os colegas de trabalho já não falavam com ela unicamente por discriminação.
Em sua defesa, o chefe alegou que a declaração da mulher não tinha fundamento, pois ela trabalhava meio período e encerrava expediente por volta das 13h, momento em que corria para casa para cuidar do filho, e a pizza com alguns funcionários foi no horário de almoço, que ocorria após as 13h, quando ela já não estava na empresa. O dia da pizza acontecia na última sexta-feira de todo mês para todos os funcionários que trabalhavam em período integral.
Meses depois, a mulher foi demitida, pois a sua função de recepcionista não poderia mais ser exercida em meio período, mas apenas em período integral, algo que ela não poderia aceitar por ter um filho para cuidar. Malgorzata queria continuar trabalhando por meio período.
Para a surpresa de muitos, a começar pela defesa do chefe e da empresa, a juíza Jennifer Bartlett decidiu que Malgorzata Lewicka foi discriminada por ser uma mulher solteira com obrigações com o cuidado infantil e por isso merecia ser indenizada pelo constrangimento vivido no trabalho.
A mulher já não trabalha mais na mesma empresa, mas embolsou a quantia de US$32.524 (quase R$165 mil na cotação atual), dinheiro que pode ajudá-la, inclusive, a abrir a própria pizzaria.