Após um ano e meio de pandemia, a população mundial ainda segue sem uma certeza sobre o futuro do vírus que assola o mundo. A dúvida incomoda não só as vítimas da Covid-19 como os cientistas de todo o mundo, enquanto a vacinação mundial se arrasta a passos lentos e incertos.
A revista científica norte-americana JAMA (Journal of the American Medical Association) publicou recentemente um artigo que traz quatro possíveis cenários sobre como será a vida pós-pandemia. O estudo foi realizado por vários pesquisadores da Universidade Brown (EUA).
Segundo o cientista, em um futuro breve será possível observar quatro tipos de situações: erradicação, eliminação, coabitação e conflagração. Estes quatro panoramas irão depender de alguns fatores, como o avanço da vacinação pelo mundo, o grau de qualidade das vacinas e se haverá o surgimento de novas variantes.
Erradicação – A infecção é totalmente exterminada
Coabitação – A infecção ainda existe, mas em níveis bem baixos
Eliminação – áreas com alta cobertura vacinal ficam livres da doença, mas ela continua circulando em outras regiões
Conflagração – situação em que grande parte da população não está imunizada, permitindo a transmissão do vírus e o surgimento de variantes
Os especialistas consideram que no Brasil, o cenário provável seria o de “coabitação“, podendo evoluir para “eliminação” a longo prazo. A previsão é tratada como um meta “muito ambiciosa”, já que há reservatórios animais do vírus (Morcegos e Martas). Isso exigira que a vacinação passasse a ser feita de forma contínua.
Entrar para o cenário de “eliminação” sugere uma previsão mais realista, semelhante ao do sarampo. As áreas que possuem uma alta cobertura vacinal da população estariam livres da doença, mas ela continuaria circulando em algumas outras regiões. A “erradicação” tem sido descartada pelos cientista e só deve começar a ser considerada quando for descoberta a cura para a Covid-19.
Atualmente o Brasil vive o cenário de “conflagração“, assim como a maior parte da América do Sul. O atual cenário indica que estamos com grande parte da população não imunizada, o que permite a transmissão do vírus e o possível surgimento de novas variantes.