Após sofrer atentado na rua, catador de recicláveis passa por transformação e muda a vida de dezenas de pessoas

Sebastião foi brutalmente agredido e esfaqueado na rua, mas a situação serviu para mudar sua vida e a vida de dezenas de pessoas.

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Sebastião Duque tem 66 anos e mora em Rio Doce, na cidade de Olinda, Pernambuco. O idoso sobrevive com o recolhimento de materiais recicláveis das ruas e com a ajuda dos pais de algumas crianças que ele ajuda.

Sua história começou a mudar em 1998, quando ele foi esfaqueado e brutalmente agredido nas ruas em que trabalhava. O homem quase morreu e como por milagre, sobreviveu e decidiu que faria de tudo para ajudar quem mais precisa pelo resto de sua vida.

E Sebastião tem cumprido com sua promessa. Com o dinheiro da coleta diária de materiais recicláveis, como latinhas vazias de refrigerantes e cerveja, papelão, plástico e alumínio, Duque conseguiu montar uma escola para crianças de 2 a 6 anos que pertencem a famílias carentes.

O local conta com dois professores e Sebastião recebe cerca de R$ 40 reais mensais de alguns pais dos alunos como ajuda para manter o local. Esse dinheiro é usado para pagar os professores que atendem as crianças. A escola Nova Esperança atende atualmente 40 crianças carentes, mas tem capacidade para 100 delas. Devido ao distanciamento social da pandemia, ele reduziu o número de alunos para que todos possam continuar em segurança.

Além da escola, Sebastião também já ajudou a construir 30 casas, apenas recolhendo das ruas materiais que não servem mais para outras pessoas, como madeiras tijolos, pedras e assim vai colaborando para que o máximo de pessoas necessitadas que aparecem em seu caminho possam ter a vida transformada para melhor. A escola mesmo foi construída somente com o esforço de Sebastião e dinheiro que ele fazia vendendo material reciclável.

Em entrevista ao Razões para Acreditar, Sebastião não quis saber do mérito pelas suas belas ações. Ele declarou: “As pessoas pensam que faço tudo, mas não faço. Somos nós que fazemos isso. Todos compartilhando, dando uma mão, e a gente vai crescendo”.

Sebastião garantiu que enquanto tiver saúde e as pessoas o ajudarem, ele sempre vai ajudar o próximo e pretende dar uma casa por ano aos necessitados com o uso de material reciclável. Seu único sonho é bem modesto: “No final da minha vida, o que eu quero é um amigo mais próximo de mim”.