Homem pede demissão e cria empresa que só contrata moradores de rua e pessoas vulneráveis

Tudo começou após um morador de rua ir até a empresa em que Jorge trabalhava e lhe pedir um emprego.

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Um argentino teve uma linda iniciativa. Jorge Luis Borge era gerente de uma empresa. Certo dia, o segurança ligou para seu escritório e disse que tinha um homem que morava na rua querendo se candidatar a uma vaga de emprego na entrada do prédio. O segurança avisou que ia tirar o sem teto do local, mas decidiu avisar o gerente antes.

Jorge então o surpreendeu e disse que iria atender o homem. O segurança o advertiu que o morador de rua tinha mau cheiro, mas Jorge não se importou. Ele conversou com o andarilho e descobriu que seu nome era Aníbal, que ele tinha família e muita vontade de trabalhar e mudar de vida, mas não conseguia oportunidades por viver em situação de rua. Também lhe contou como é passar todas as noites a céu aberto, bem como não ter o que comer.

Após essa conversa, Jorge se deu conta que a maioria das empresas não busca dar oportunidades aos mais vulneráveis. Foi a partir daí que ele começou a sonhar com o empreendedorismo solidário, a fim colocar moradores de rua e outras pessoas em situação de vulnerabilidade social, em um emprego.

Jorge Luiz conversou com seu chefe, Miguel Ángel López, e disse que iria se demitir para criar sua própria empresa no ramo de empreendedorismo solidário. Miguel pensou que este seria um plano a médio prazo e se surpreendeu quando soube que Jorge queria começar imediatamente a trabalhar em seu novo projeto. Ele então não só apoiou sua demissão, como se comprometeu a contratar Jorge como consultor da empresa por um ano.

Com o dinheiro do trabalho de consultor, ele começou a investir em seu negócio. A empresa começou a crescer e várias pessoas passaram a ser beneficiadas. Jorge consegue levar as pessoas interessadas para vagas de serviços, como auxiliares de limpeza, entre outras, de forma que essas pessoas podem se sentir úteis e começar a sonhar com um futuro melhor.

Os beneficiados são, em sua maioria, moradores de rua, mas também há deficientes e pessoas em uma condição social muito vulnerável. A empresa de Jorge se chama Gestiones Solidarias. A antiga empresa em que Jorge trabalhava também se tornou a primeira cliente de Gestiones Solidarias, contratando os beneficiados do empreendedorismo solidário.