No dia 28 de junho a pandemia fez mais uma vítima no Brasil. Maria Célia, de 58 anos, lutou por 30 dias contra a Covid-19, contudo, não resistiu e acabou falecendo. Mas, uma fato chamou a atenção de todos. A mulher escreveu uma espécie de diário enquanto estava internada, narrando e anotando os detalhes do ambiente hospitalar.
Além do diário com as suas memórias deixado para a sua família, Maria Célia também deixou um bilhete para uma técnica de enfermagem da UPA do Éden, localizada em Sorocaba (SP). A responsável por levar o bilhete até a profissional foi a filha de Maria Célia, que o transcreveu a partir de um aplicativo de mensagens.
A técnica em enfermagem, Roseli Gonçalves, se emocionou bastante ao receber a mensagem e contou um pouco sobre a rotina de Maria. A profissional contou que a paciente costumava escrever para passar o tempo e se distrair, contudo, como o hospital é sempre uma correria, a equipe de enfermagem não percebeu. Roseli contou que apenas tomou conhecimento do bilhete e de todo carinho após recebê-lo.
“Eu só soube depois do bilhetinho, mas quando li fiquei muito feliz. Eu até chorei naquele dia, porque não ficou em vão o que a gente fez. Vou guardar pra sempre, não tem como esquecer“, declarou a técnica em enfermagem. De acordo com Roseli, Maria Célia foi internada juntamente com a sua irmã.
A enfermeira contou que um dos pedidos das irmãs foi tomar um pouco de café e comer pão com margarina, mas, pelo estado de saúde, as duas não podiam. Roseli conversou com os médicos e os mesmos autorizaram a enfermeira a realizar o desejo das irmãs. A irmã de Maria Célia recebeu alta, mas Maria não teve a mesma sorte e acabou falecendo.