A prefeitura de Christchurch, na Nova Zelândia, demitiu o Mago Ian Brackenbury Channell, de 88 anos, após mais de duas décadas de contrato para realização de ‘atos de magia’, pelos quais recebia US $ 16.000 por ano. O Mago, natural da Inglaterra, ganhou destaque por gerar entretenimento em espaços públicos na Nova Zelândia, em 1976.
Apesar das tentativas das autoridades de detê-lo, na época a população local defendeu Ian, que anos depois, foi considerado uma obra de arte viva e convidado pelo primeiro-ministro, Mike Moore, em 1982, a se tornar o Mago oficial da Nova Zelândia.
De acordo com Lynn McClelland, porta-voz do Conselho Executivo da Nova Zelândia, foi enviado ao Mago uma carta, em agradecimento por todos os anos que prestou serviços a Christchurch, avisando-o de que seu contrato tinha chegado ao fim. Lynn concluiu dizendo que a demissão era parte do novo processo evolutivo da cidade, e que Ian “sempre faria parte da história [de Christchurch]”, pontuou.
Apesar do Mago ser uma figura pública notoriamente conhecida no local, sua presença vinha se tornando rara. De acordo com Ian, o motivo seria o fato do conselho não estar dando atenção as suas sugestões e complementou dizendo: “Eles não gostam de mim porque são burocratas velhos, chatos e todos gostam de mim e ninguém gosta deles”, disse Ian, referindo aos integrantes do Conselho.
Apesar do rompimento do contrato, o Mago declarou que continuará se apresentando no Centro de Artes de Christchurch, que inclusive está realizando uma exposição sobre sua vida. Segundo ele, seu objetivo será sempre o de entreter os turistas e moradores locais, e que deseja fazer principalmente com que os membros do Conselho, se tornem seres humanos melhores.