Uma ‘brincadeira’ envolvendo um bebê de apenas 6 meses causou polêmica nas redes sociais após algumas fotos da criança com o corpo supostamente cheio de tatuagens repercutirem nas últimas semanas. Em uma das fotos, o bebê aparece fazendo pose com os desenhos no corpo, mas tudo não passou de uma brincadeira, alegou a mãe, Shemeka Morris, que mora na Flórida, Estados Unidos.
Shemeka é entusiasta de tatuagens e confirmou que as tatuagens no filho são falsas. Ela ainda admitiu ter se surpreendido com a repercussão que as fotos tiveram, “Pensei que era apenas uma mãe sendo criativa e pensando fora da caixa”, expressou. Ela contou que teve a ideia para recordar o sexto mês de vida do bebê, mas recebeu uma chuva de críticas e até ameaças nas redes sociais.
Ao visualizarem os posts, centenas de pessoas acreditaram que as tatuagens fossem reais. “Isso é contra a vontade dele”, disse um usuário da rede social. “O que irá acontecer quando o bebê crescer e sua pele também crescer?”, questionou outro. Outros ameaçaram acionar autoridades e até a polícia, disse a mãe. “Falaram que o que eu estava fazendo com meu filho é abuso e negligência”, conta ela.
Por fim, Shemeka explicou que as tatuagens no bebê eram temporárias, substância aplicada com água, e que continha liberação prévia por pediatra, ela conta que seu filho nasceu prematuro e permaneceu o primeiro mês na UTI Neonatal, e por este motivo pensa a cada mês em maneiras de recordar os meses de vida do no bebê.
No entanto, de acordo com Luciana Samorano, dermatologista do Hospital das Clínicas/Faculdade de Medicina da USP e integrante do Departamento de Dermatologia da Sociedade de Pediatria de SP, esse modelo de tatuagem, mesmo que aparente inofensivo, não deve ser aplicados em bebês ou crianças menores de 2 anos. “Nesse fase, a pele dessas crianças ainda é imatura, o sistema imunológico ainda está de desenvolvendo, então, a pele dos bebê é mais sucetível a irritações e alergias a produtos químicos, corantes, que podem até levar a dermatite de contato irritativa ou alérgica”, explica a médica.