Cientistas ficam abismados com o parasita encontrado em múmia de 2 mil anos: ‘Graças a eles podemos estudar’

O DNA humano humano encontrado é milenar, ele revestido por ‘cimento’ e envolve o ovo do inseto que causa infestação em crianças em idade escolar.

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Estudiosa em importância científica e história, a argentina Perotti trabalha há quase vinte anos na Inglaterra estudando sobre os invertebrados,  especificamente sobre os piolhos e humanos. Perotti tenta responder a uma das perguntas que muitos tem curiosidade de saber: de onde viemos?

Dessa forma a cientista direciona a pergunta para um nível regional, exemplo: como aconteceu a povoação da América do Sul? Assim, um grupo de cientistas de diversas universidades, coordenados por Perotti, descobriu que uma espécie de “cimento” liberado pelos piolhos para prender suas lêndeas, os chamados ovos que colam nos cabelos das pessoas, principalmente crianças, tornou-se uma importante fonte de informação genética.

Essas lêndeas preservadas, tendo ainda boa qualidade, foram encontradas em múmias de até 2 mil anos. De acordo com o MSN, todo o material servirá de estudo, ele foi encontrado em San Juan, na Argentina, próximo das Cordilheiras dos Andes.

Ainda de acordo com o MSN, os nossos antepassados não tinham em mãos os métodos usados atualmente para combater a proliferação de piolhos com eficácia. Na época,  a infestação tomava conta do couro cabeludo e das roupas das pessoas que tinham os insetos no seu corpo. “Graças a eles podemos estudar milhares de anos de história. Eles são um espelho da história evolutiva”, disse Perotti.

A fêmea largava suas lêndeas em seu hospedeiro, aderindo os seus ovos com eficácia incomum nos cabelos. Por isso, foi possível constatar em alguns casos, as lêndeas cimentadas nos fios de cabelos de múmias milenares. Essa notícia para Perotti foi excepcional, saber que o material deixado pelos piolhos permanece intacto, é muito favorável aos seus estudos. Analisar as amostras dos restos humanos no material milenar encontrado é um grande passo para as pesquisas científicas.