A pandemia do coronavírus continua sendo uma grande preocupação da população. Com a chegada da variante Ômicron, o número de casos tem subido rapidamente em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil. A variante foi descoberta na África no mês de novembro do ano passado e tem infectado até mesmo pessoas vacinadas.
O fato é que algumas pessoas acabam sendo naturalmente mais resistentes ao coronavírus em virtude do material genético. É isso que indica um estudo realizado por pesquisadores da USP – Universidade de São Paulo. Durante uma entrevista concedida a GloboNews, Mayana Zatz, geneticista, falou sobre o assunto.
A especialista explicou que a resistência pode ser uma resposta rápida do corpo, especificamente das células de defesa que são chamadas de natural killers. “Essas células seriam os nossos defensores naturais. E qual a explicação? É que nas pessoas que são sintomáticas, que desenvolveram sintomas, haveria uma demora para acionar essas células”, disse a profissional.
Já no caso dos indivíduos que são resistentes, essa resposta do organismo seria mais ágil. Contudo, a profissional ressaltou que não se trata de um mecanismo simples e explicou que há outros genes ou mecanismos envolvidos. Os estudiosos fizeram uma pesquisa genômica de aproximadamente 80 casais que tinham testado positivo para o vírus em apenas um dos parceiros.
De acordo com a geneticista, não é raro indivíduos terem genes de proteção. No entanto, o fato não exclui a importância da vacinação. A profissional deixou claro que todos precisam se imunizar, sendo a dose de reforço extremamente importante. Mayana falou sobre a vacinação infantil frisando que os pequenos também precisam da imunização.
A vacinação no Brasil teve início nos últimos dias e vários estados já começaram a imunizar os pequenos. A geneticista explicou que mesmo em quem tem predisposição a ter mais resistência é necessário a imunização.