A variante ômicron foi identificada no Brasil aproximadamente há dois meses. A cepa já é a que prevalece sobre a maioria dos casos de Covid-19 no país, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde no começo do mês de janeiro. Apesar dos sintomas não serem tão diferentes daqueles já conhecidos por outras cepas, existem algumas mudanças sutis na apresentação da doença.
Muitas pessoas infectadas na nova onda tem relatos semelhantes, sendo a dor de garganta um dos primeiros sinais. De acordo com dados do Zoe Covid Symptom Study, que é um projeto que tem registrado como milhares de infectados estão se sentindo no Reino Unido, mostra que até no final do mês de dezembro, 57% dos indivíduos contaminados com ômicron disseram ter dor de garganta.
Evidências científicas têm apontado que a nova variante tem um risco maior de infectar a garganta que os pulmões. Inclusive, esse fato pode ser a explicação da cepa parecer uma variante mais infecciosa. Contudo, é preciso mais estudos para que os cientistas possam ter uma resposta concreta.
Ômicron: por que a nova variante provoca dor de garganta na maioria dos infectados?
A especialista Larissa Camargo, otorrinolaringologista, explicou que ao que tudo indica a cepa aparenta ter uma preferência pelas células da via área superior – seios da face, garganta e orofaringe. Contudo, vale ressaltar que ainda faltam informações que comprovem e indique o motivo. O fato é que essas áreas são raras de ter complicações graves.
Como melhorar a dor de garganta provocada pela ômicron
Segundo a especialista, a estratégia é o controle da dor e desconforto dos sintomas como coriza e nariz congestionado. O médico pode prescrever remédios anti-inflamatórios, corticoide oral e nasal. Recomenda-se a lavagem do nariz com soro fisiológico.
É válido lembrar que o principal benefício da vacina contra Covid é amenizar os riscos de complicações que podem levar o paciente à óbito.