O mundo já enfrenta a pandemia do coronavírus há dois anos. Infelizmente, milhares de pessoas perderam a vida para o vírus no mundo. Muitas pessoas que contraíram a doença acabaram sofrendo com sequelas graves. Dentre muitos danos provocados pela Covid-19 está a perda de paladar e olfato.
Em algumas pessoas, as sequelas podem acabar permanecendo mesmo após se curar do vírus. Infelizmente, as consequências podem ficar por longos períodos impactando a qualidade de vida. “De maneira geral, a hiposmia e a anosmia (que são, respectivamente, a perda parcial e a perda total do olfato) são comuns entre pessoas com infecções respiratórias. No entanto, os pacientes com coronavírus apresentam uma recuperação bem mais lenta”, explicou a especialista no assunto, a otorrinolaringologista Loyane Lisieux.
Uma das possibilidades de tratamento, a forma mais usada é o treinamento olfativo. A técnica tem o objetivo de estimular as células receptoras que ficam localizadas no teto do nariz. Os profissionais acreditam que estimular com odores eleva a capacidade de regenerar o potencial neuroplástico deste sistema.
Esse tipo de estímulo dos sentidos pode ser realizado de várias formas. Uma das opções sugeridas é manipular essências de cítrica, eucalipto, eugenol e álcool feniletílico. O ideal é cheirar a essência duas vezes ao dia, por cerca de 10 segundos, com um intervalo de 15 segundos entre eles.
No caso do paladar, o tratamento pode acabar sendo mais complexo, pois não se sabe se a perda aconteceu por causa da destruição dos nervos ou se foram as papilas gustativas que sofreram danos. Contudo, é importante estimular provando alimentos azedos doces, salgados e amargos.
A especialista aponta que é extremamente importante ter um acompanhamento profissional com o otorrinolaringologista, pois cada paciente pode apresentar a condição de maneira diferente. Portanto, o tratamento deve ser realizado conforme as necessidades e problemas enfrentados por cada indivíduo. Algumas pesquisas reconhecidas sobre a Covid-19 indicam que os sentidos podem voltar em até seis meses. Mas, vale ressaltar que isso pode variar a cada paciente.