Depois de sofrer um acidente de moto em Praia Grande, no litoral de São Paulo, o jovem Alexandre Borges, de 23 anos, foi submetido a pelo menos 12 procedimentos cirúrgicos no Hospital Irmã Dulce. Durante a recuperação, o controlador de acesso acabou pegando uma bactéria severa, culminando na necessidade de amputação da perna direita.
O acidente aconteceu em maio de 2020, quando o rapaz, que pilotava uma motocicleta de volta no horário do almoço de seu trabalho, quando foi fechado por um carro na via, colidindo contra a traseira do veículo. À época, foram necessárias uma ponte de safena, tendo em vista que o pé não estava a receber fluxo sanguíneo, além de haste no fêmur e fixador externo na tíbia e na fíbula.
Depois de um mês internado, o jovem começou a desenvolver manchas escuras na perna, quando exames constataram tratar-se de uma bactéria. Foram feitas tentativas de raspagem no local, todas infrutíferas, tendo em vista que o agente infeccioso acabou se alojando no osso, não havendo outra alternativa senão a amputação.
Agora, o rapaz pretende processar a unidade de saúde por conta da negligência dos enfermeiros, que segundo ele, faziam os curativos sem levas e levavam bandejas de outros pacientes para fazer um novo curativo sabendo que já estava com a bactéria severa. Além disso, houve atraso na administração dos antibióticos, quebrando os ciclos necessários para eliminar o agente infeccioso.
“Porém, teve negligência, já que os enfermeiros iam fazer curativos sem luva, levavam bandejas de outros pacientes para fazer um novo curativo, sabendo que eu já estava com a bactéria severa”, relata.
Agora, Alexandre tenta retomar a sua vida e já retornou ao trabalho, estando acolhido por sua família. O jovem está praticando exercícios e luta para encontrar uma maneira de pagar a prótese, a qual dará grande autonomia para a vida do rapaz.