A varíola dos macacos está preocupando autoridades sanitárias em todo o mundo, tanto que alguns países já informaram sobre a necessidade de vacinação. A doença foi identificada em pelo menos 17 países, sendo confirmada pela Organização Mundial de Saúde.
No Brasil ainda não há a previsão de uma campanha de vacina contra a doença, que já foi erradicada há mais de 40 anos, mas causa estado de alerta após infecções dessa nova variante.
Marca da vacina indica proteção contra Varíola dos Macacos
A varíola é considerada erradicada no Brasil há mais de 40 anos. Depois de muitos avanços científicos, a doença, que tinha índice de mortalidade em 30%, foi eliminada do país em 1971. Já no mundo, a patologia desapareceu em 1979.
Estudos mostram que a vacinação contra a varíola humana (smallpox) tem 85% de eficácia na prevenção da varíola dos macacos. Porém, como a doença foi erradicada há décadas, não há vacinas disponíveis para a população em geral. A vacina da BCG é a que causa a famosa marca no braço, assim como a vacina contra a varíola.
Em entrevista para o portal G1 o professor de Harvard, dos EUA, John Ross, explicou que as cicatrizes da BCG são menores e podem não provocar sulco, como as provocadas pela vacina contra a varíola. Até um profissional de saúde pode ter dificuldade em identificar as marcas.
Apologies for an earlier tweet that stated that BCG scars tend to be flat or raised, and smallpox scars are depressed (as below). This seems to have been an oversimplification, with more overlap than I indicated. pic.twitter.com/K1rBF7YCgh
— John Ross (@JohnRossMD) May 24, 2022
Tania Maria Fernandes, da Fiocruz, informa que no Brasil é “impossível” saber com certeza quem já tomou o imunizante, mas ressalta que ninguém mais foi vacinado no Brasil depois de 1971.
Vacinas contra a varíola dos macacos
Atualmente há duas vacinas contra a varíola: ACAM200 e JYNNEOS. Nenhuma delas está disponibilizada amplamente.
Agências de segurança e centros de controle ressaltam que tais imunizantes podem ser utilizados para controlar o surto da nova doença. No momento, a vacinação só é indicada em países com casos positivos e nas pessoas que tiveram contato com infectados.