A maternidade é o sonho de muitas mulheres e assim que se tem o primeiro filho, já começam os questionamentos internos se um segundo bebê chegará na família. Mas, para muitos casais, esse questionamento não existe, pois desejam ter o segundo bebê pouco tempo depois do nascimento do primogênito.
Ela foi laqueada durante a cesariana
Esse era o caso de Silvane Alves e Fábio Rodrigues, um casal do estado de Rondônia, que desejava ter o segundo filho. O primeiro bebê do casal estava com 10 meses quando eles resolveram aumentar a família mais uma vez.
Mas, diferente de quando decidiram ter o primeiro filho, a gravidez do segundo filho estava demorando muito para acontecer e os dois ficaram preocupados de que algo pudesse impedir que o sonho de ter uma menina pudesse acontecer.
Ao investigar quais seriam os motivos dessa gestação estar demorando para acontecer, o casal teve a infeliz surpresa de descobrir que Silvane havia passado por uma laqueadura após a cesariana que possibilitou o nascimento de seu primeiro bebê.
Sem a autorização do casal, o médico realizou o procedimento de retirada das fímbrias de suas tubas uterinas. A retirada das fímbrias impossibilita a gravidez e é um procedimento que, quase sempre, não pode ser revertido. Segundo Silvane e Fábio, nenhum dos dois sabia do procedimento e só descobriram a laqueadura após avaliar o prontuário da cesariana que a mulher fez.
Para Silvane, a justificativa médica da laqueadura sem autorização, foi o fato de ela ter tido pressão alta antes do parto, o que segundo os médicos é um quadro grave e uma nova gravidez poderia gerar riscos à saúde dela.
O caso está sendo investigado
Em entrevista ao Universa, a mulher desabafou: “Ele não deveria ter feito isso. Para laquear tem que passar por psicólogo e avisar 60 dias antes. Eu estou quase com depressão. E me sinto invadida. Ele passou por cima de tudo”. Agora, para conseguir engravidar, a mulher precisará passar por fertilização in vitro, o que segundo ela custa cerca de R$30 mil., por tentativa, e está longe da realidade financeira do casal.
O caso, que aconteceu na Maternidade Municipal de Ji-Paraná foi denunciado e está sendo investigado pela polícia civil. O médico responsável pelo procedimento não quis se pronunciar.