Trombose: tabagismo e anticoncepcional provocam trombose? Detalhes sobre a condição que pode levar a óbito

Entenda detalhes importantes sobre a doença e quem faz parte do grupo de risco.

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A trombose é uma doença grave e precisa ser tratada com urgência para evitar complicações e até mesmo a morte do paciente. Gutemberg Gurgel, presidente do congresso Brasileiro de Angiologia e Cirurgia Vascular 2017, abordou alguns temas que podem ajudar a elucidar os fatores de risco e a melhor forma de prevenir a condição.

A combinação de cigarros e anticoncepcional pode aumentar o risco de trombose? A resposta para essa pergunta é sim. As duas combinações são bem perigosas e podem acabar favorecendo o surgimento da enfermidade. Isso porque os cigarros são vasodilatadores, enquanto os hormônios causam alterações nas paredes dos vasos sanguíneos, promovendo uma diminuição na velocidade da circulação.

O resultado não é necessariamente tromboembólico, mas pode acontecer principalmente se estiver associado a outros fatores de risco, como obesidade, tendências familiares e sedentarismo. Especialistas alertam sobre o uso precoce de anticoncepcionais, já que eles são indicados para tratamento de pele em adolescentes, por exemplo.

Trombose: quais os tipos?

Existem dois tipos de trombose: arterial e venosa. Ambos são o resultado de coagulação inesperada do sangue. Quando isso acontece na artéria, é chamado de trombose arterial. Quando atinge a veia, leva à trombose venosa profunda (TVP).

No primeiro caso, a presença de um coágulo sanguíneo impede o sangue de abastecer o tecido. Isso pode causar hematoma e dor intensa na área afetada, sendo o tratamento um pouco mais complexo. No geral, o paciente precisa ser submetido a um procedimento cirúrgico. Caso não seja tratada em tempo hábil pode resultar em graves danos, como gangrena e até mesmo amputação do membro.

No caso da trombose nas veias, 90% dos casos ocorrem nas pernas, conforme informação da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. A instituição alerta sobre o risco de provocar embolia pulmonar, condição grave que pode levar o paciente a óbito.

Grupo de risco para a doença 

São grupo de risco para a doença: idosos, quem tem dificuldade de coagulação, portador de insuficiência cardíaca, obesos, fumantes e mulheres que fazem uso de anticoncepcionais ou tratamento hormonal.