Negócios na palma da mão: o mercado digital e suas possibilidades

Conheça o mercado digital e suas possibilidades relacionadas negócios nos dias atuais.

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O advento da tecnologia nas relações mercantis há muito já vêm sendo sentido, tanto nos setores mais ricos, onde esta influência primeiro começou a agir, quanto agora nas camadas mais informais e indiretamente influenciadas nessa relação econômica.

O mercado se adapta às suas necessidades. A dinamicidade das relações não foi por ele instituída exclusivamente, mas foi, em grande parte, responsável. O mercado econômico sempre foi a força motriz que determina a relação do cidadão com a cultura, seu modo de viver, lugar na sociedade e sensação de pertencimento.

Adorno e Horkheimer já falavam desse ideal da indústria cultural e da sociedade de consumo (conceito este que viria a ser mais explorado por Bauman), relacionando as necessidades do mercado econômico ao desenvolvimento da existência dos cidadãos enquanto membros de uma cultura de negócios e comércio.

Estando o mundo agora em sua quarta revolução industrial, o mercado, em todas as suas escalas, vem se adaptando e se reimaginando diante da rapidez com a qual novos produtos são apresentados e novos segmentos econômicos são possibilitados.

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Yuval Noah Harari classifica em sua obra prima, o livro “Sapiens – História Breve da Humanidade”, o dinheiro como sendo a maior ficção da história.

Basicamente, a ideia que se extrai é que nós, enquanto sociedade, criamos essa ficção coletiva de que esse pedaço de papel colorido tem algum valor econômico e a partir disso, o mundo vive ao redor dessa ideia, a vida da absoluta maioria do mundo civilizado é moldada em torno de ganhar e gastar dinheiro.

Com o advento das redes sociais e da sensação de pertencimento que elas proporcionam, diversas instâncias da organização social migraram parcialmente para estas plataformas. Como mercado não seria diferente. A automação dos processos industriais que se tem na já mencionada revolução industrial 4.0 se vê mimetizada em escala popular e mais simplificada nos meios de comércio digital.

As redes sociais entenderam que não somente podem ser um instrumento de compra e venda, mas como esse é o caminho que devem percorrer, tendo cada vez mais ferramentas que facilitam tal atividade.

Ademais, os métodos de venda antes de chegar às redes sociais se utilizaram por muito tempo do algoritmo de sites de busca especializados como o próprio Google. Para tal técnica se deu o nome de SEO (Search Engine Optimization do portugues, otimização para os mecanismos de busca). Tal técnica identifica as tendências das plataformas de pesquisas de forma dinâmica para gerar um conteúdo inteligente de forma que desenvolve um marketing fluido e natural, deixando os sites dos clientes que contratam tais serviços no topo das buscas do Google.

Profissionais dessa área encontraram nessa oportunidade não somente uma forma de ganhar dinheiro com marketing, mas também oferecendo treinamento para pessoas que desejam investir no posicionamento orgânico do próprio negócio. Um claro exemplo disso é o sucesso de Bruna Bozano, especialista em SEO há mais de 15 anos, que executa o SEO de sites como o da Joias Boz, no qual ela utiliza as informações de cada uma das joias para valorizar e otimizar os resultados de SEO e posicionar a marca com maestria nas melhores posições do Google.

Com a migração das páginas de vendas habituais localizadas em sites e blogs para redes sociais como Instagram e Facebook, a ideia do marketing também se adaptou. Agora os empreendedores precisam gerar conteúdos que se encaixem e chamem a atenção, de forma que o usuário ceda a navegação dinâmica e automática que estava realizando para clicar no link ou acessar o perfil.

O Mercado de Trabalho Em Casa

Face a tal digitalização dos meios de venda, o mercado de trabalho também se automatizou.

Segundo dados do IBGE o número de vagas de emprego home office cresceu 140% entre 2021 e 2022.

 Isso se observa não somente em setores de desenvolvimento ou administrativos do mercado de trabalho, mas também no setor de vendas.

Atualmente, é dispensável ir até um shopping para procurar o melhor secador de cabelos de loja em loja, por exemplo, sendo que o consumidor pode buscar no Google a avaliação de outros compradores deste e de qualquer outro produto, achar o que melhor se adapta ao seu gosto e bolso e comprar via internet, sendo que, em poucos dias, sua compra será entregue via Correios, comodamente e sem maiores preocupações.

Vendo essa tendência na movimentação do consumo, é que as empresas estão, atualmente, mais interessadas em contratar trabalhadores remotos para funções que vão de atendimento ao cliente via chats a desenvolvimento de sites, portais e conteúdos, economizando em diversos custos relacionados a espaços físicos, como aluguéis exorbitantes e regulações legais que estrangulam o crescimento econômico, muito menos complexos e caros, quando a operação ocorre no ambiente virtual.

A Moda Sustentável No Novo Modelo Econômico!

A facilidade de vendas nas redes sociais não foi percebida somente por grandes marcas, os holofotes para as ferramentas de venda das plataformas também chamou a atenção do usuário médio, que viu no espaço que usava apenas para interagir virtualmente com amigos, conhecidos e familiares ou para se entreter, como uma oportunidade de renda.

Nesta alçada, que a moda sustentável ganhou seu grande respiro, os já conhecidos brechós e bazares foram gradualmente se tornando alguns dos perfis mais acessados do Instagram quando se fala em vendas, trazendo, dessa forma, a criatividade do usuário já habituado a criar conteúdos chamativos e divertidos, mas antes voltados a interação social, ao mercado econômico.

Ademais, ainda aproveitando deste movimento, pequenos produtores e empresários viram seu lugar ao sol se expandir, criando a tendência de marcas regionais com um apelo visual e qualidade há pouco tempo apenas reconhecido em marcas internacionais.

Desde produtos para cuidados com a pele até camisas estilizadas, existem pequenos produtores e empresários explorando as ferramentas das redes sociais, em todos os níveis, para ganhar o mercado de forma que não poderiam antes da tendência atual, face aos valores inviáveis de aluguel e infraestrutura que um espaço físico demandaria para essas lojas poderem existir.

Os números obviamente refletem essa tendência. Como não poderia deixar de ser, de acordo com pesquisa realizada pelo site OpinionBox o número de usuários que entram no Instagram ao menos uma vez ao dia aumentou de 84% para 92% entre os anos de 2021 e 2022. Claramente, um reflexo da habitualidade ao ambiente digital proporcionado pela quarentena, uma vez que a mesma pesquisa constatou que 73% dos entrevistados começaram a utilizar mais o Instagram durante a pandemia.

Esses dados são animadores, não somente pela praticidade aos consumidores, a facilitação da entrada na atividade empresária pelos empreendedores, mas também para o mundo, uma vez que o fast fashion ou a moda de descarte, a habitual onde novas peças são constantemente criadas e descartadas, geram uma poluição e uma utilização excessiva de recursos naturais, principalmente hídricos.

De acordo com dados levantados pela UNCTAD, em um ano, são utilizados cerca de 93 bilhões de metros cúbicos de água pela indústria da moda. Esses dados assustadores são diretamente remediados por essa tendência da moda sustentável e dos pequenos produtores, possibilitados de existir e crescer graças a tal dinamicidade proporcionada pelas ferramentas de compra e venda das redes sociais.