Tripledemia: o que é e como proteger os pequenos dos vírus respiratórios que estão circulando simultaneamente

A coexistência de três vírus circulando simultaneamente colocam a população em alerta.

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Nos últimos dias, a expressão tripledemia tem sido muito usada. Para quem não sabe o significado, ela faz referência à coexistência da circulação de três vírus respiratórias: o VSR – Vírus Sincicial Respiratório, Influenza (gripe) e Sars-Cov2, da Covid-19. Esse é um cenário que vem acontecendo em vários países, incluindo o Brasil.

Nas últimas semanas, o país tem lidado com a alta de testes positivos do vírus da Covid-19. No entanto, além do coronavírus, existe alerta da Fiocruz para o aumento de casos relacionados ao VSR em crianças na faixa etária de 0 a 4 anos. O estado de São Paulo também tem apresentado quantidade significativa de casos da influenza A.

A desorganização da sazonalidade do vírus já foi vista em 2021, com a elevação incomum de casos de Influenza. Essa mudança pode estar relacionada às medidas de restrição impostas durante o período crítico da pandemia, que reduziu o contato das pessoas com esses agentes infeciosos, aumentando a quantidade de pessoas suscetíveis.

Mundo em alerta

A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde, Clarissa F. Etienne, fez um pedido durante uma coletiva de imprensa nesta última quarta-feira, 16 de novembro. Ela solicitou a implementação de ferramentas comprovadas para manter a segurança da população, especialmente durante as festividades de final de ano.

Portanto, estar com a vacinação em dia, manter o distanciamento social e uso de máscaras continuam sendo medidas de prevenção importantes. “O aumento de uma única infecção respiratória é motivo de preocupação. Quando duas ou três começam a impactar uma população simultaneamente, isso deve nos colocar em alerta”, frisou Clarissa.

Como se proteger?

Vacinas contra o vírus da influenza e Covid já existem para as crianças, e os bebês a partir de seis meses podem tomar o imunizante da gripe. A vacinação nessa faixa etária teve início recentemente. Contudo, a cobertura vacinal nessa faixa ainda é considerada muito baixa. Manter a higienização das mãos, uso de máscara e o distanciamento social continuam sendo medidas de proteção importantes.