Novo animal é descoberto e você não vai acreditar onde ele estava

Estudo feito por especialistas mostrou que águas possuem criaturas que podem ser caracterizadas como espécies inéditas.

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Recentemente uma equipe de estudiosos australianos realizou uma expedição no fundo do mar da Austrália, onde acabaram encontrando diversas criaturas fantásticas, algumas em regiões abissais.

As descobertas são resultantes de uma pesquisa realizada nas ilhas do Natal e dos Cocos, uma região até então pouco explorada do Oceano Pacifico.

Os curiosos partiram em um navio por 35 dias, com o objetivo principal de explorar habitats profundos e abissais, com mais de cinco quilômetros abaixo da superfície. A equipe estimou que cerca de um terço dos animais encontrados pode representar novas espécies, manifestando uma nova biodiversidade do local, jamais vista por outros especialistas.

Durante o itinerário, a equipe se deparou com as mais diversas espécies já vista pelo mundo, que variavam de fofos a horripilantes de se olhar. Um exemplo deste último é uma espécie nova chamada de peixe-morcego, que apresenta uma característica um tanto quanto inusitada: os olhos parecidos com os de humanos. Apesar disso, a espécie não consegue nadar como a maioria dos peixes e, por isso, utiliza suas extremidades modificadas para se locomover.

‘Peixe tripé’ – já vem com suporte

Outro exemplo de espécie fantástica é o glamoroso caranguejo esponja, caracterizado como uma espécie de peixe-aranha. Esse garanhão tem a capacidade de se fixar no chão oceânico através de suas longas barbatanas, que em uma linguagem mais simples se parecem com pernas de pau. Ele utiliza essa artimanha como forma de economizar sua energia e sentir possíveis presas para se alimentar.

A equipe encontrou também uma espécie chamada caranguejo-eremita, um tipo de crustáceo que utiliza um coral colonial como concha, artifício que traz benefícios a ambos.

Enguia-cega ‘aterrorizante’

Além desses, um dos animais mais fantásticos encontrados foi uma espécie extremante rara, a enguia cega. Esse animal pertence à família de peixes actinopterígeos e possui características singulares como, por exemplo, a pele muito flácida e gelatinosa.

Mesmo com as grandes descobertas, os estudiosos não pararam por aí. Por coincidência ou sorte, enquanto a tripulação navegada em direção aos locais de estudos, a equipe avistou vários peixes azuis com asas, que encantou os olhos dos pesquisadores.

O líder do trabalho e curador, Tim O’Hara, disse, em um comunicado oficial ao Museus Victoria, que irá catalogar as amostras após exames mais completos. “Os dados coletados nesta viagem fornecerão uma maior compreensão dos habitats de águas profundas da Austrália, sua biodiversidade e os processos ecológicos que os sustentam”, comenta.

O’Hara acrescenta ainda que a próxima expedição já tem data marcada. “A região abriga uma série de antigas montanhas e cordilheiras submarinas, bem como vulcões extintos que se formaram há 150 milhões de anos. Estamos muito animados com a perspectiva de descobrir novas espécies, talvez até novos galhos da árvore-da-vida, que até agora permaneceram escondidos sob as ondas nesta área inexplorada”, finalizou.