Saiba a diferença entre Champagne e espumante para brindar o Ano Novo

Esta bebida foi descoberta por acaso e tem, por tradição, estar presentes em comemorações pelo mundo.

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Com o fim do ano, a tradição de soltar fogos de artifício se mistura com a de estourar Champagne… ou será espumante? Será que falamos certo o nome da bebida?

Para esclarecer esta história é preciso viajar para Europa, mais precisamente para a França. É neste país que está localizada a região mais famosa do mundo em produção de espumantes, a região de Champagne.

Descoberto por acaso

“Estou bebendo estrelas” – esta seria a suposta frase dita pelo monge Dom Pérignon falou quando provou a primeira garrafa de Champagne da história.

Descoberta há mais de 344 anos por este monge, encarregado pelas adegas da Abadia de Hautvillers, na diocese de Reims, na França. Nessa época, todos ficavam espantados quando os viticultores diziam que os vinhos fermentavam novamente dentro das garrafas e, muitas delas estavam estourando dentro das caves, causando prejuízo aos produtores.

Você deve estar se perguntando o motivo delas estourarem. Veja este rápido resumo: São 6 as uvas permitidas para se produzir um Champagne mas, as mais comuns são: Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier. Depois de as uvas serem colhidas, elas passam por um processo de prensagem onde o suco desprendido dos bagos e ficam em contato com as cascas, dando início à fermentação. Esta fermentação pode acontecer em tonéis de inox (mais comum hoje em dia) ou em tonéis de madeira.

Após este processo, o líquido é colocado em garrafas que, hoje em dia, são mais resistentes do que na época da descoberta. Em seguida, são fechadas e levadas para as cavernas e colocadas em paletes com o gargalo virado para baixo. A partir daí, elas podem ficar de 1 a 3 anos (ou mais a depender produtor), uma vez que as garrafas são giradas levemente por 90 graus até que o desprendimento das borras de fermentação fiquem depositadas na tampa da garrafa.

Quando o processo termina, as tampas são retiradas e a pressão expulsa a borra depositada. Em seguida é colocado um vinho ou licor correspondente à quantidade de líquido perdido no processo de abertura. Ufa! Está pronto o Champagne.

Como é produzido o espumante

O espumante pode ser feito basicamente neste mesmo processo, quando o produtor opta por produzir no método champenoise ou tradicional. Atualmente, existe outro processo de produção de espumante que se chama CHARMAT, onde esta segunda fermentação acontece no próprio tanque de inox, proporcionando um espumante mais leve e de custo mais baixo.

Como saber a diferença entre Champagne e espumante

Para se chamar Champagne, o espumante deve ser produzido na região demarcada de Champagne, na França, e seguir as regras da organização chamada Comité Interprofessionnel du Vin de Champagne (CIVC), que reúne os produtores e comerciantes da bebida. A bebida produzida nesta região tem característica ímpar como sabor e estrutura. Então, é certeza que o produtor colocará bem estampado em seu rótulo este nome ícone.

Já o espumante pode ser produzido em qualquer região do mundo, mas, devido à patente francesa, ele não pode ser chamado com o famoso nome. Assim, cada país tem produzido seu espumante, buscando criar características que o mercado reconheça com tal qualidade a ponto de ser comparado a bebida produzida na França.

Harmonização

Deste modo, assim como os demais vinhos, o Champagne e o espumante também possibilitam a harmonização com diversos pratos no dia a dia por serem versáteis, podendo até mesmo serem degustados sem comida. Experimente acompanhar esta bebida com peixes e frutos do mar, sushi ou churrasco. Você irá se surpreender.