Algumas cerimônias de posse dos novos ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva usou a linguagem neutra, também conhecida como não binária. Um dos ministros a usar a expressão todes foi Alexandre Padilha, de Relações Institucionais.
“Boa tarde a todas, a todos e a todes”, iniciou em seu discurso. Assim como o referido termo, outras palavras conhecidas consideradas neutras são “menines” e “amigues”. Essa linguagem é comum nas redes sociais em pessoas da comunidade LGBTQIA+, representando fenômeno de inclusão e político.
O objetivo da linguagem neutra em palavras como “todes”
Ao trocar o artigo masculino “o”, já considerado como genérico na língua portuguesa, por “e”, procura-se neutralizar o gênero gramatical do termo. Assim, pessoas não binárias – que não se identificam como feminino ou masculino – ou intersexo, podem se sentir representadas.
Afinal, o que é gênero neutro?
Gênero neutro é quando há a substituição dos artigos feminino ou masculino por “e”, “x” ou “@”, em algumas situações. “Amigo” ou “amiga” se transforma em “amigue”, “amigx” ou “amig@”. Uma das mais usadas é “todes” em cerimoniais para se dirigir ao público em geral.
Defensores do pronome “elu”
Quem defende o gênero neutro também adotam o pronome “elu” para se referir a qualquer pessoa, ao invés de “ela” ou “ele”. Nas Olimpíadas de Tóquio, Natália Lara e Conrado Santana, do SporTV, usaram o pronome “elu” ao falar de Quinn, atleta do Canadá que se identifica como trans não binária.
Além da linguagem neutra e pronomes
A linguagem neutra vai além de questões relacionadas a pronomes. Um exemplo é na ginecologia, quando alguns médicos se referem a “pessoas grávidas” e não mais a “mulheres grávidas”, pois pessoas trans, que não necessariamente são mulheres, também engravidam. Assim como “pessoas” e não “mulheres” que menstruam”. Nem toda mulher menstrua, devido a alguns fatores, contudo, nem todos que menstruam são mulheres.