Minuto de ouro: como os médicos salvam a vida de um bebê que não respira bem ao nascer

Ao nascer com problemas para respirar, a ação imediata dos especialistas é crucial para garantir o bem-estar da criança.

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O choro do recém-nascido após o parto emociona e alivia os pais, mas nem sempre é um sinal de que o bebê está saudável. Em algumas situações, ele pode ter dificuldades para respirar e perda de vigor, ou mesmo não chorar. Nesses casos, os médicos precisam agir rapidamente no momento crítico, conhecido como “minuto de ouro”.

Os primeiros 60 segundos após o nascimento são cruciais para salvar a vida do bebê e prevenir sequelas futuras, como lesões cerebrais. Bebês prematuros têm mais riscos de complicações. Nesse momento, os médicos mantêm o recém-nascido aquecido para evitar a hipotermia, uma das principais causas de mortalidade e morbidade entre bebês prematuros devido à sua camada fina de pele e perda de calor.

Teste de Apgar

O prematuro tem maior risco de sangramentos, especialmente se sofrer uma asfixia moderada ou grave. Nesse caso, pode haver predisposição à hemorragia intracraniana. Para avaliar o grau de asfixia do recém-nascido, o Teste de Apgar no 5º minuto é analisado, bem como seu comportamento neurológico, cardiovascular e renal.

A consequência da hemorragia pode ser dificuldades de fala e locomoção. No entanto, a neuroplasticidade do bebê é alta, ou seja, o cérebro tem capacidade de se reorganizar, permitindo que áreas não afetadas realizem as funções de outras prejudicadas.

Fatores como pressão alta da gestante, diabetes gestacional e sangramento da grávida podem causar complicações no nascimento do bebê. Também é possível que ocorra sofrimento fetal, quando o bebê recebe menos oxigênio pela placenta.

Uma condição rara e grave que pode prejudicar a vitalidade do bebê é o prolapso do cordão umbilical, quando o cordão é expulso antes da passagem da criança. Isso acontece geralmente quando o cordão é mais longo que o normal, interrompendo o fluxo sanguíneo para a criança.

Conheça a estrutura da maternidade

Se algum problema for detectado, os especialistas levam o recém-nascido para o berço aquecido e iniciam as ações de intervenção. Os médicos monitoram a frequência cardíaca e respiratória da criança e decidem se é necessário fornecer suporte respiratório para ajudar a expandir os pulmões e permitir que o oxigênio entre nos alvéolos. Portanto, é crucial que os pais estejam cientes da infraestrutura da maternidade e verifiquem se ela possui equipamentos e profissionais capacitados para acompanhar o parto da gestante.