É falso que cientistas reviveram vírus que transforma humanos em zumbis e provocaria nova pandemia este ano

Um vídeo, que repercutiu nas redes sociais, distorce um estudo científico para fazer alarde.

PUBLICIDADE

É falso que cientistas descobriram um vírus, que pode transformar humanos em ‘zumbis’. Postagens na rede social distorceram um estudo científico com o pesquisador Jean-Michel Claverie, sobre o chamado ‘vírus zumbis’, micro-organismos congelados há milhares de anos na Sibéria e estão sendo redescobertos como o degelo do permafrost.

A informação falsa contava ainda que, países como Estados Unidos e China, supostamente estariam preparados para uma nova pandemia, por conta da descoberta desse vírus.

História contada em vídeo é falsa

Um vídeo no Facebook afirma que um médium previu que um vírus zumbi provocaria uma nova pandemia global ainda este ano. O autor usou vídeos e imagens de zumbis para ilustrar a história, em que conta que o mundo está prestes a acabar com um apocalipse zumbi. Como argumento, ele expôs um estudo feito por um grupo de cientistas.

A descoberta do vírus congelado de 48.500 anos é real, mas está fora do contexto do vídeo. A pesquisa, publicada pela Viruses, destaca os riscos das mudanças no clima, que poderiam reviver vírus que estão adormecidos e congelados desde os tempos pré-históricos.

A história contada no vídeo também afirmou, erroneamente, que o vírus em questão causaria uma pandemia. No entanto, o estudo afirma que a maioria dos vírus encontrados na Sibéria não são perigosos e não se enquadram na categoria altamente contagiosa.

Suposto plano dos EUA contra zumbis

O autor do vídeo ainda afirma que os Estados Unidos estariam se preparando para usar o plano militar Conop 8888, contra a suposta ameaça de zumbis. O plano em questão existe, mas é fictício e foi tirado de contexto para chamar atenção na publicação. O Conop 8888 foi criado em 2011, para ser utilizado em um treinamento para estudantes aprenderem conceitos básicos de um plano militar, a partir de uma história imaginária.