Muitas pessoas não incluem o ato de raspar a língua na rotina de higiene bucal, no entanto, esse músculo desempenha diversas funções essenciais na boca e é o primeiro a ter contato com os alimentos que ingerimos diariamente.
A língua atua na degustação e no paladar, permitindo que sintamos os sabores, além de participar da mastigação, garantindo que os alimentos e a saliva sejam devidamente misturados para a formação do bolo alimentar. Além disso, é fundamental para a fala e a articulação dos sons, conforme explica a Dra. Patrícia Almeida, dentista e especialista em reabilitação oral e estética.
Raspar a língua é uma prática milenar
Embora muitos ainda não conheçam essa prática, a técnica de raspar a língua tem origem em antigas tradições, sendo já conhecida na medicina milenar ayurvédica. Civilizações antigas, como a dos indianos e de algumas populações da América do Sul, utilizavam utensílios como ossos de baleia para limpar a língua. Atualmente, a raspagem linguinal vem ganhando popularidade e sendo incorporada na rotina de muitas pessoas, geralmente como o primeiro hábito matinal.
A raspagem da língua consiste em utilizar um acessório específico para remover bactérias, fungos, toxinas e outros resíduos acumulados na superfície da língua. Os benefícios desse hábito são significativos, visto que a prática ajuda a eliminar bactérias prejudiciais associadas à cárie e ao mau hálito. A ação de raspar a língua também é eficaz para retirar o aspecto esbranquiçado ou amarelado, que é causado pelos detritos e realçar o tom natural vermelho.
Por que a ação é benéfica?
A Dra. Patrícia Almeida destaca que ao realizar a raspagem, as bactérias nocivas não são engolidas, favorecendo, ao contrário, a proliferação das bactérias benéficas. Esse processo pode ter efeitos positivos não apenas no sistema gastrointestinal, mas também no sistema imunológico do indivíduo. Existem diversos tipos de raspadores disponíveis no mercado, sendo os mais comuns aqueles feitos de cobre puro e aço inoxidável, ambos duráveis e eficientes.