Desde tempos imemoriais, as doenças têm sido uma constante na trajetória da humanidade, lançando sombras sobre a saúde em geral. Entre essas aflições, a sinusite surge como uma presença frequente, uma inflamação dos seios paranasais muitas vezes associada a infecções bacterianas. Embora a compreensão da doença seja ampla, dúvidas persistem, especialmente em épocas de oscilações climáticas.
A discussão em torno dessa doença retoma vigor à medida que os casos de sinusite aumentam de maneira significativa. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES), em São Paulo, foram registrados 51.154 atendimentos ambulatoriais para tratar a sinusite aguda e crônica apenas nos primeiros seis meses deste ano. Comparativamente, no mesmo período do ano anterior, os números eram de 26.124, o que indica um alarmante aumento de mais de 95%. A otorrinolaringologista Rita de Cássia Soler, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, atribui esse incremento às condições climáticas adversas.
Fatores que influenciam
Além do clima, a pandemia de covid-19 também se configura como um agente contribuinte para o aumento dos casos. A maior consciência da população em relação aos sintomas gripais levou a um aumento das consultas médicas. A sinusite, em essência, é a inflamação dos seios paranasais, que consistem em cavidades aéreas nos ossos do rosto. Essas cavidades localizam-se na região frontal, maxilar e próxima aos olhos, sendo propensas à inflamação por vírus ou bactérias.
O quadro se divide em diferentes tipos, como a sinusite viral, menos intensa, causada por infecções virais nas membranas mucosas dos seios paranasais, e a sinusite bacteriana, de maior gravidade, resultante de uma colônia bacteriana nesses mesmos seios após uma infecção viral. Os sintomas variam, mas geralmente envolvem coriza, dor facial, congestão nasal e, nos casos mais severos, febre.
É transmissível?
Em termos de transmissão, a sinusite, ocasionada por infecções bacterianas ou virais, pode ser contagiosa por meio da saliva, gotículas nasais, espirros e tosse. Diante disso, o uso de máscaras ganha relevância no combate à disseminação da doença. Em casos de secreção purulenta, mau odor nasal, dores de cabeça intensas, tosse persistente e febre, a avaliação médica é recomendada.