Caso Faustão: como é feita a doação de coração e em quanto tempo o órgão deve chegar ao receptor

Após o coração do doador ser retirado, cada segundo fora do corpo é crucial.

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Após ficar internado durante 16 dias, o apresentador Fausto Silva, de 73 anos, recebeu indicação médica para realizar um transplante de coração. No momento, o veterano está em diálise e segue contando com a ajuda de medicamentos para auxiliar no bombeamento do órgão, visto que Faustão está incluso na fila de transplantes, que é feita pelos SUS e leva em consideração alguns critérios para minimizar prioridades em relação à renda dos pacientes.

Atualmente no Brasil, a doação de coração depende da autorização da família de pessoas que morrem com morte encefálica, ou seja, quando não há mais funções neurológicas e a situação é permanente.

Doação de órgãos pode salvar a vida de vários pacientes

Conforme dados do Ministério da Saúde, um único doador quando morre é capaz de salvar a vida de até 8 pessoas. Além do coração, existem outros órgãos que podem ser doados, como pulmão, fígado, rins, intestino, entre outros.

Após a autorização dos familiares, o sangue do morto é coletado para ser feita a análise de algumas doenças transmissíveis. Com todos os resultados negativados, o doador faz a cirurgia para que os órgãos sejam retirados.

Para fazer a doação de órgãos não é necessário que o corpo seja mutilado, além disso, é feita uma reconstituição para o velório. Assim, não é preciso haver um sepultamento especial, como com caixão fechado, por exemplo.

Fora do corpo, coração tem prazo de validade

Após os órgãos serem retirados, cada segundo se torna precioso. Isso porque eles têm um prazo de validade fora do corpo e é preciso que o órgão chegue até o receptor no período máximo de 4 horas. O transporte costuma ser realizado de carro ou avião, quando necessário.