O diabetes, uma condição caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue, está se alastrando de forma acelerada pelo globo, e diversas razões são apontadas como culpadas por esse cenário preocupante. Segundo um estudo publicado na revista Lancet, é estimado que até o ano de 2050, um impressionante total de 1,31 bilhão de pessoas poderão ser afetadas por essa enfermidade, demandando ações preventivas e conscientização em escala global.
Médicos e especialistas destacam que o estilo de vida pouco saudável e a falta de conhecimento sobre a doença têm contribuído para a sua disseminação, enfatizando a importância vital de se compreender os diversos sintomas que estão associados a ela.
Pistas que o corpo dá
Entre as pistas que o corpo pode fornecer, os sinais na pele emergem como indicadores reveladores. Pele seca e coceira são frequentes em indivíduos diabéticos devido à desidratação resultante da micção excessiva, uma das marcas registradas da doença. Manchas escuras e espessas na pele, geralmente nas dobras do corpo, podem denotar resistência à insulina, muitas vezes precursora do diabetes tipo 2. Além disso, infecções fúngicas tendem a prosperar em ambientes ricos em açúcar, aumentando a suscetibilidade de pessoas com diabetes a esse tipo de problema cutâneo.
Os olhos também se revelam como campo de batalha para o diabetes. A retinopatia diabética, uma condição na qual os vasos sanguíneos da retina são danificados, pode levar a perda de visão. Perturbações visuais como visão embaçada, flutuações na nitidez da visão e mudanças abruptas na capacidade de enxergar podem ser os primeiros indícios desse problema. Exames oftalmológicos regulares ganham, assim, um papel crucial na identificação e gestão dessa complicação.
Porém, não é apenas a visão que corre risco. Os pés e as pernas também podem oferecer sinais que não devem ser negligenciados. Danos nos nervos e má circulação sanguínea, problemas comuns entre diabéticos, tendem a afetar principalmente as extremidades inferiores. Sensações de formigamento, dormência e até mesmo dores podem ser sintomas dessa neuropatia diabética. Adicionalmente, a circulação sanguínea prejudicada aumenta a probabilidade de úlceras e infecções nos pés, podendo culminar em amputações se o tratamento adequado não for implementado.
O diabetes pode desenvolver doença renal
O diabetes também está entre as principais causas de doença renal, conhecida como nefropatia diabética. Essa condição gradualmente compromete a função dos rins e pode levar à insuficiência renal. Sinais como tornozelos inchados, aumento na frequência urinária e hipertensão persistente podem sugerir envolvimento renal. A monitorização regular da função renal e da pressão arterial assume, portanto, um papel crucial no manejo dessa complicação.