Uma menina de apenas três anos sofreu uma gravíssima reação alérgica em decorrência de um açaí. Ela saiu para passear com o seu pai, o advogado Eduardo Lorenzoni Candeia, de 42 anos, no ano passado. Contudo, depois de ingerir o alimento, ela sofreu uma gravíssima reação alérgica, conhecida como anafilaxia, resultando em uma hospitalização às pressas.
Em entrevista ao portal Metrópoles, o advogado disse que sua filha, logo após dar a terceira ou quarta colherada, perguntou a ele se era normal sentir dor no coração depois de ingerir o alimento. Pouco tempo depois, a criança começou a chorar e a se contorcer de dor, além de apresentar placas vermelhas nas regiões do pescoço e do abdômen.
“Logo na terceira ou quarta colherada, ela me perguntou: ‘Papai, quando a gente come açaí gelado dá dor no coração?’. Respondi que ‘não’, e ela disse que estava sentindo muita dor”, recordou.
Criança havia recebido o diagnóstico de alergia alimentar
Os problemas da pequena Alice com alimentação foram descobertos quando ela ainda era um bebê. Durante a fase de introdução alimentar, aos aproximados seis meses de vida, a menina teve uma reação ao comer castanha de caju. Depois, por conta do leite utilizado para a confecção de um bolo, sofreu uma reação ainda mais grave. A família então descobriu, mediante exames médicos, que a criança tem alergia anafilática à proteína do leite.
Por conta dos problemas de saúde de Alice, os pais dela sempre tomaram cuidados extensivos quando iam comer fora de casa. Por isso, a criança passou a levar uma vida normal como qualquer outra de sua idade. Acontece que, embora o pai tenha pedido que a preparação do açaí ocorresse em um liquidificador limpo, acredita que traços de leite tenham permanecido em algum dos recipientes utilizados para a confecção da bebida, resultando no gravíssimo caso de alergia.
Alergia alimentar pode ter severas complicações
Ouvida pelo portal Metrópoles, a médica alergista Valéria Botan advertiu sobre os riscos de sequelas neurológicas decorrentes de reações como a que Alice sofreu. Neste caso, o corpo reconhece o alimento como algo perigoso para o organismo, desencadeando uma reação de proteção muito forte. Por conta disso, os pais devem ficar atentos, sobretudo na fase de introdução alimentar da criança, quando o sistema imunológico do intestino ainda está em fase de desenvolvimento.