Nesta terça-feira (19/03), a Polícia Federal acabou indiciando o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 16 pessoas por associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações públicos. O caso envolve a falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19.
Além do ex-presidente da República, o tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis também se complicaram. Eles foram indiciados pelos mesmos crimes, com o Cid ainda sendo acusado de uso indevido de documento falso.
Ministério Público Federal decidirá sobre acusação
O indiciamento pela PF significa que foram encontrados elementos suficientes para apontar os responsáveis pelos crimes. O caso no Supremo Tribunal Federal está sob a responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes. A Polícia Federal enviou o indiciamento nesta segunda (18) para o Supremo e agora cabe ao encaminhar o caso para o MPF (Ministério Público Federal).
O MPF analisará as provas e decidirá se apresenta denúncia à Justiça ou arquiva a apuração contra Bolsonaro e aliados. Os crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações têm penas diferentes. O primeiro pode ser de 1 a 3 anos, enquanto o segundo pode ser de 2 a 12 anos de prisão. Dessa forma, a acumulação das penas pode chegar a até 15 anos.
Advogado de Bolsonaro dá declaração
Após a divulgação da informação, o advogado do ex-presidente Bolsonaro, Fabio Wajngarten, lamentou a situação. Enquanto o irmão do deputado indiciado, Washington Reis, afirmou que é uma covardia o que estão fazendo com o político e que ele recorrerá à Justiça.
Reis enfatizou que Gutemberg não tinha envolvimento com o assunto das vacinas, já que não fazia parte do governo naquela época. Ele ainda classificou as investigações como perseguição política e covarde. Por fim, Washington Reis afirmou que irão provar que o irmão é inocente e que a justiça será feita.