O programa Fantástico exibiu com exclusividade neste último domingo (24) imagens dos momentos que precederam a morte da estudante Livia Gabriele da Silva Matos, de 19 anos, que teve envolvimento com Dimas Cândido de Oliveira Filho, atleta sub-20 do Corinthians. Horas antes de o jogador ligar para a emergência, ambos foram vistos juntos no elevador e nos corredores do prédio onde ele residia.
Durante a edição do programa dominical da emissora Globo, foram exibidas imagens das câmeras de segurança do prédio onde Livia Gabriele e Dimas Cândido se encontraram no último dia 30 de janeiro. Antes de se encontrarem pessoalmente, os dois jovens trocaram algumas mensagens por meio de um aplicativo.
Laudo concluiu que não havia sinais de violência em Livia Gabriele
Os laudos apresentados indicaram que não houve violência e que nenhum dos envolvidos fez uso de entorpecentes ou bebidas alcoólicas na ocasião. Segundo o depoimento do atleta do Corinthians, ele vinha trocando mensagens com a estudante de enfermagem há pelo menos três meses. É importante ressaltar que eles já haviam combinado de se encontrar e concordaram que teriam relações íntimas. Em seu depoimento à polícia, Dimas afirmou que ambos utilizaram preservativo durante o ato.
De acordo com o relato apresentado pelo Fantástico, no dia da tragédia, a ambulância chegou ao prédio do atleta, mas não pôde entrar porque era mais alta que a cobertura do condomínio. Os profissionais de saúde tiveram que percorrer cerca de 100 metros a pé até o local.
Uma médica do SAMU relatou que encontrou Dimas realizando massagem cardíaca na estudante enquanto ainda estava ao telefone. Um socorrista tentou obter um novo equipamento para tentar reanimar a jovem, e ela não apresentava sinais de sangramento em nenhuma parte do corpo. Durante o atendimento, Livia Gabriele sofreu duas paradas cardíacas.
Do momento em que o atleta do Corinthians fez a ligação até a chegada ao hospital, passaram-se 51 minutos. O caso está sendo investigado como morte suspeita. A polícia não encontrou substâncias ilícitas no local, nem indícios de consumo de bebida alcoólica, e não foram encontrados vestígios de esperma no corpo de Livia. A última informação confirma o uso de camisinha.
Médico falou sobre o caso de Livia Gabriele
Além disso, é importante ressaltar que a jovem não apresentava fraturas nem sinais de violência. “A causa da morte foi, na verdade, uma hemorragia aguda importante com descarga hemorrágico. Muitas vezes isso pode acontecer sem muita dor”, informou o ginecologista e perito judicial.
O laudo apresentado pela reportagem indicou que a ruptura atingiu cinco centímetros de extensão. A ginecologista Fabiene Vale também comentou sobre a investigação, observando que haveria hematomas se a relação tivesse sido forçada. Ela explicou que a mulher teve sangramento tanto interna quanto externamente, possivelmente devido ao atrito do pênis, caracterizando o caso como uma fatalidade.
Fabiene acrescentou que as mulheres não precisam se preocupar, pois isso é uma condição rara, mas recomendou que, se apresentarem dor durante relações sexuais, devem interrompê-las e procurar um médico.