Tensões com gripe aviária: OMS alerta para risco potencial de transmissão entre humanos

Aumento de transmissões em diferentes espécies e mutações do vírus provocam preocupação.

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Em 2020, o mundo enfrentou uma das maiores crises sanitárias já registradas na história da humanidade. A pandemia da COVID-19 representou um desafio sem precedentes, e somente foi controlada após o desenvolvimento de vacinas. Embora tenha havido uma retomada gradual da vida cotidiana, a doença ainda persiste devido à circulação contínua do vírus. A humanidade aprendeu a conviver com ela, em grande parte graças às vacinas disponíveis.

A pandemia atraiu naturalmente a atenção global e destacou a importância dos recursos científicos. A infectologia ganhou destaque, especialmente porque, até então, muitas pessoas não estavam familiarizadas com essa área da medicina. Nesse mesmo contexto, especialistas ao redor do mundo permanecem vigilantes monitorando o risco de novas epidemias ou pandemias. Na última semana, um comunicado de representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) ressaltou essa questão.

Cientista fez alerta sobre uma possível transmissão em massa da gripe aviária

Segundo Jeremy Farrar, cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), o aumento de mamíferos sendo infectados pelo vírus da gripe aviária tem despertado uma maior preocupação. O monitoramento dos casos de gripe aviária tem sido intensificado, especialmente devido ao temor de que a doença possa se espalhar para os seres humanos. Farrar ressaltou a importância de antecipar o risco para evitar que a H5N1 saia do controle.

A preocupação principal de Farrar foi destacada: o temor de que o vírus adquira a capacidade de transmissão entre humanos. Ele enfatizou a necessidade de preparação para garantir uma resposta imediata, incluindo acesso equitativo a vacinas eficazes, caso o H5N1 desenvolva essa capacidade de transmissão.

Gripe aviária está sendo monitorada para evitar uma nova pandemia

Jarbas Barbosa, diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), explicou que os casos em humanos até agora são incidentais, envolvendo principalmente pessoas que trabalham diretamente com aves e acabam se contaminando. No entanto, ele ressaltou a importância de monitorar de perto a expansão do vírus e de se preparar para combatê-lo, caso seja necessário.