O MPSP (Ministério Público do estado de São Paulo) apresentou um recurso contra a decisão do TJSP (Tribunal de Justiça do estado de São Paulo) em progredir para o regime aberto a pena cumprida por Alexandre Nardoni. Homicida, o sentenciado foi o autor de um dos crimes mais emblemáticos da história recente do Brasil, ao acabar com a vida da própria filha Isabella Nardoni, arremessando-a pela janela de um edifício.
De acordo com o órgão ministerial, o fato de Alexandre Nardoni retornar para as ruas representa um gravíssimo “risco para a sociedade”. O MPSP argumentou que o sentenciado possui notórios traços de “transtorno de personalidade” e que eventuais progressões de regime de pena deveriam ocorrer somente mediante criteriosa avaliação psiquiátrica.
“[Alexandre] Nardoni praticou crime hediondo bárbaro ao matar a filha de cinco anos, demonstrou frieza emocional, insensibilidade acentuada, caráter manifestamente dissimulado e ausência de arrependimento”, fundamentou o MPSP, de acordo com trecho replicado pelo portal Metrópoles.
Alexandre Nardoni, segundo o MPSP, teria traços de transtorno de personalidade
O MPSP avançaria em sua argumentação dizendo que Alexandre Nardoni detém “impulsividade latente”, insistindo na tese de que o sentenciado exibe “elementos de transtorno de personalidade”. Nessas condições, representaria risco à sociedade em virtude do ímpeto de cometer outros crimes.
Alexandre Nardoni morará na casa do pai
A Secretaria da Administração Penitenciária do estado de São Paulo informou em nota que Alexandre Nardoni deixou o sistema prisional na última segunda-feira, dia 06 de maio, às 18h10 (de Brasília). Um automóvel o buscou da Penitenciária 2 de Tremembé. O homicida morará com a esposa, Carolina Jatobá, e os filhos, na casa do pai dele, na Zona Norte da cidade de São Paulo.