Bebê que teve embalagem de bolo improvisada como respirador em hospital não suporta, e o pior acontece

A criança foi internada no interior do Rio Grande do Norte no início do mês de junho, e não resistiu, mesmo sendo transferida à capital.

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A criança que repercutiu na imprensa e nas redes sociais ao ter uma embalagem de bolo improvisada como respirador não suportou os problemas de saúde e faleceu nesta terça-feira, dia 30 de julho. O óbito foi registrado na cidade de Natal, a capital do Rio Grande do Norte, embora o caso da embalagem tenha ocorrido no Hospital Municipal de Santa Cruz, no interior do estado.

A notícia do óbito do bebê foi confirmada pelos familiares dele. Contudo, as causas do falecimento ainda são desconhecidas. Sabe-se, porém, que a criança tinha cinco meses de vida e sofreu com várias complicações de saúde constatadas após a transferência para a capital do estado, onde teria melhores condições de ser atendida.

De acordo com os familiares, a criança possuía hidrocefalia, usava uma bolsa de colostomia e ainda portava Síndrome Dandy-Walker – uma malformação congênita no cérebro que causa problemas no desenvolvimento motor e aumento progressivo do tamanho da cabeça. Nos últimos dias de vida, o bebê também teve que ser traqueostomizado.

Entenda o caso da embalagem de bolo improvisada como respirador

A embalagem de bolo improvisada como respirador foi arquitetada em um momento de desespero pela médica Ellenn Salviano no início do mês de junho. O bebê aguardava com urgência uma transferência para uma UTI (unidade de terapia intensiva), ao passo que o hospital no qual ela trabalha e a criança estava internada sequer possuía um equipamento adequado.

Inicialmente, o bebê foi diagnosticado com um quadro de bronquiolite, sendo levado pelos familiares ao hospital por conta de um desconforto respiratório grave. A criança também apresentava outros sintomas como congestão nasal, febre, diarreia, vômitos e rinorreia. Depois, desenvolveu uma pneumonia.

O que disse o município diante do caso da embalagem improvisada como respirador?

Em nota, o município afirmou que o hospital não é referência em urgência materno-infantil e que a médica, plantonista no momento da internação, elaborou um leito semi-intensivo improvisado para atender as necessidades da criança. O bebê foi transferido para o Hospital Varela Santiago na capital do estado em 11 de junho, onde permaneceu até o óbito.