Cachorrinha estava no avião que caiu em SP com venezuelanas que voltariam ao país: ‘Não foi deixada pra trás’

Vizinhos da família informaram que os venezuelanos tentariam a vida na Colômbia, após morarem no Brasil por um tempo.

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Uma família de venezuelanos está entre as vítimas do voo 2283, operado pela companhia aérea Voepass, que caiu na cidade de Vinhedo, no interior do estado de São Paulo, no início da tarde da última sexta-feira, dia 09 de agosto. Com eles estaria a cadela de estimação, uma vira-lata apelidada de Luna pelos tutores.

A informação referente à presença do animal ainda não foi confirmada pela companhia aérea, embora existam relatos diversos nas redes sociais sobre o embarque do cachorro. A tutora seria Josgleidys Gonzalez, que viajava com a mãe, Maria Gladys Parra Holguin, e com o filho, Joslan Perez.

Venezuelanos buscariam nova vida na Colômbia

Segundo Thaiza Evangelista, moradora da cidade de Cascavel, no Paraná, de onde partiu o voo, a família retornava para a Venezuela quando aconteceu o acidente aéreo. Amiga deles, a mulher relatou que os venezuelanos haviam se mudado para o Brasil em busca de melhores condições de vida, mas que haviam decidido retornar à Venezuela para visitar os parentes, e que migrariam para a Colômbia na sequência.

“Mãe e filha, duas mulheres guerreiras e corajosas, saíram de seu país e vieram ao Brasil procurar um futuro melhor […]”, relatou. “Chegariam em Boa Vista à meia-noite, pegariam um ônibus até Pacaraima, e de lá mais outro ônibus que levaria 12 horas até chegar em sua cidade. Iriam para a Venezuela apenas fazer o documento do filho Joslan, que nasceu lá, mas veio muito pequeno para o Brasil, e depois iriam para a Colômbia”, acrescentou a vizinha da família.

Mulheres decidiram levar o cachorro para que o filho não ficasse triste

De acordo com a vizinha, Josgleidys havia decidido levar a cadela consigo e com a família para que o filho pequeno não ficasse triste. Por essa razão, as mulheres pagaram uma taxa adicional de R$ 200,00 para que o animal pudesse ser despachado pela companhia aérea.

Inclusive, Thaiza Evangelista disse ter ajudado a família, cedendo a bolsa que transportou Luna. Profundamente emocionada, refletiu sobre o fato de os venezuelanos, ainda que em situações de dificuldade e à procura de um lugar para fazer a vida, terem decidido levar a cadela Luna consigo, sem deixá-la para trás. “Diferente de muitos casos, não foi deixada para trás”, emocionou-se.