O avião que caiu na cidade de Vinhedo, no interior do estado de São Paulo, na última sexta-feira, dia 09 de agosto, possuía problemas relacionados a “ação corretiva retardada”. Em outras palavras, alguns consertos estavam pendentes.
O documento foi obtido pelo jornal O Globo e aponta que a maioria dos consertos era de itens triviais, como cortinas rasgadas e assentos quebrados. Contudo, quatro das ações corretivas pendentes poderiam interferir na navegabilidade dos pilotos.
Avião que caiu tinha pendência de manutenção
De acordo com o laudo de inspeção, um dos defeitos era no EHSI (indicador eletrônico de situação horizontal). O dispositivo não é considerado indispensável, muito menos obrigatório. Contudo, ele auxilia os pilotos na visualização dos dados de navegação.
Em outras palavras, o EHSI é capaz de reunir em um único visor todas as principais informações necessárias aos pilotos durante um voo, como bússola, GPS e radar, fazendo com que o aviador não precise olhar diferentes telas. O avião comercial está autorizado a voar sem o dispositivo, embora exija, na sua ausência, que o comandante e o co-piloto tenham que acessar manualmente uma carga de dados maior.
Queda do ATR-72-500 da Voepass é investigada
A ausência do dispositivo de navegação mencionado não é capaz de atestar que tenha havido contribuição para a queda da aeronave. As informações apuradas pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) ainda são rasas para a conclusão das investigações, que devem demandar vários dias.