‘Não há condição de sentir dor, porque a morte é instantânea’, diz diretor do IML sobre vítimas do voo 2283

Acidente aconteceu na sexta-feira e resultou na morte de 62 pessoas.

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As autoridades responsáveis pela investigação do acidente aéreo em Vinhedo (SP) esclareceram que os passageiros a bordo do ATR 72-500 da Voepass, que caiu na última sexta-feira (9), não sentiram dor durante o trágico incidente.

De acordo com Vladimir Alves dos Reis, diretor-geral IML de São Paulo, a maioria dos 62 passageiros morreu devido ao politraumatismo causado pelo impacto da aeronave ao atingir o solo. O politraumatismo, que envolve múltiplos traumas pelo corpo, foi descrito como a principal causa de morte, resultando na perda instantânea da vida dos passageiros.

Diretor do IML fala sobre acidente

Dada a velocidade com que o avião perdeu altitude – 3.300 metros em um minuto – e o modo como a aeronave colidiu com o chão, o diretor do IML afirma que não houve tempo para que os passageiros sentissem dor. “Não há condição de sentir dor, porque a morte é instantânea”, disse.

Além disso, no sábado (10), o capitão Michael Cristo, porta-voz do Corpo de Bombeiros, informou que os corpos das vítimas foram encontrados ainda presos aos seus respectivos assentos dentro da aeronave. Apesar do impacto e da dinâmica da queda, os passageiros permaneceram em seus lugares, o que indicou que o impacto foi muito rápido e fatal.

Diretor do IML dá mais detalhes sobre acidente

Determinar se os passageiros estavam conscientes antes da queda não é possível, conforme explicou Vladimir Alves dos Reis. A altitude em que o avião estava, considerada baixa, não causou diferenças significativas de pressão atmosférica ou temperatura que pudessem indicar uma perda de consciência antes do impacto. O legista também apontou que não há exames que possam definir se as pessoas a bordo estavam conscientes no momento da queda.