A análise preliminar das caixas-pretas do voo 2283 da Voepass, que caiu em Vinhedo (SP), não trouxe respostas definitivas sobre a causa do acidente. Investigadores envolvidos no caso afirmam que, até o momento, não foram identificados alertas característicos, como falhas nos motores ou indícios de fogo a bordo, que pudessem explicar o que levou a aeronave a perder altitude rapidamente e colidir com o solo.
As informações foram divulgadas pelo Jornal Nacional, da Globo, nesta quarta-feira (14). A repórter Gioconda Brasil trouxe detalhes adicionais das investigações. Em 30 dias, um laudo preliminar será divulgado e apresentará o motivo da queda de avião. O relatório final deve ficar pronto em cerca de dois anos – este foi o prazo aproximado da divulgação deste documento em outros acidentes aéreos.
Gelo na asa?
Uma das hipóteses levantadas por especialistas logo após a tragédia foi a formação de gelo nas asas do avião, um fator que poderia comprometer a estabilidade e o desempenho do ATR 72-500. Contudo, essa possibilidade ainda não foi confirmada nem descartada.
Os investigadores aguardam uma análise mais detalhada dos dados técnicos e dos registros de áudio para determinar se o gelo pode ter contribuído para o acidente. A falta de indícios claros até agora faz com que o caso seja considerado nebuloso, exigindo uma investigação cuidadosa para evitar conclusões precipitadas.
Vítimas identificadas
Muitas das vítimas do voo 2283, que causou a morte de 62 pessoas, já foram identificadas. Familiares já receberam os corpos para realizar velório, sepultamento e se despedir. As despedidas estão sendo marcadas pela forte comoção.