Especialistas apontam que voo 2283 sofreu possível perda de sustentação antes do impacto da queda

Voo da Voepass colidiu com condomínio em São Paulo, matando 62 pessoas; saiba mais.

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O voo 2283 da Voepass, que partiu do aeroporto de Cascavel–PR às 11h56 em 9 de agosto de 2024, com destino ao aeroporto de Guarulhos–SP, acabou em tragédia quando a aeronave colidiu com um condomínio residencial em Vinhedo, no interior de São Paulo, às 13h22. O acidente resultou na morte de 62 pessoas, incluindo todos os 58 passageiros e 4 membros da tripulação. Dez pessoas que tinham bilhetes para o voo não embarcaram, escapando do desastre por pouco.

Segundo informações da plataforma Flightradar, um minuto antes do último registro do avião no radar, às 13h21, a aeronave realizou uma curva acentuada. Especialistas indicam que a queda em espiral que se seguiu pode ser um sinal de estol, uma condição em que a aeronave perde sustentação por conta da diminuição da eficiência das asas, o que pode resultar em uma queda súbita. É importante destacar que a investigação continua em curso, ou seja, todas as informações dadas são especulações ainda.

Voo 2283 teria enfrentado condições climáticas ruins

Pilotos e especialistas apontam que condições climáticas adversas, como a formação de gelo nas asas, são uma das possíveis causas do estol, especialmente considerando que a aeronave voou entre oito e dez minutos em uma região com gelo severo, uma situação classificada como de emergência pela fabricante do modelo ATR-72-500. No entanto, especialistas destacam que acidentes aéreos resultam geralmente de uma combinação de fatores, e é precipitado fazer qualquer conclusão definitiva antes da conclusão das investigações.

Ainda conforme a análise preliminar, até o momento do acidente, o voo transcorria normalmente, sem que a tripulação tivesse reportado qualquer emergência ou condições meteorológicas adversas. Após o ocorrido, as autoridades agiram prontamente. A Força Aérea Brasileira (FAB) confirmou a localização das caixas-pretas da aeronave, que foram enviadas para análise em Brasília.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que a aeronave, fabricada em 2010, estava em condições regulares de operação, com certificados de matrícula e aeronavegabilidade válidos, assim como as licenças dos quatro tripulantes.

Tragédia aérea está sendo investigada

Em nota oficial, a Voepass lamentou profundamente o acidente e informou que está oferecendo total assistência às famílias das vítimas, além de colaborar integralmente com as autoridades nas investigações. A empresa ressaltou que a aeronave partiu de Cascavel sem restrições, com todos os sistemas operacionais funcionando adequadamente. As investigações prosseguem, e a análise das caixas-pretas será fundamental para esclarecer os momentos finais do voo e determinar as causas exatas da tragédia.