Anaflávia Martins Gonçalves foi condenada a 85 anos, cinco meses e 23 dias de prisão pelo assassinato brutal de seus pais e irmão em Santo André, na Grande São Paulo. O julgamento aconteceu nesta terça-feira (27).
A ré cumprirá a pena em regime fechado, sendo responsabilizada por homicídio triplamente qualificado, roubo majorado, associação criminosa e destruição de cadáver. Este caso chocante, ocorrido em janeiro de 2020, já havia resultado na condenação de outros envolvidos.
Pena de Anaflávia aumentou
A condenação de Anaflávia, filha mais velha das vítimas, foi baseada em evidências que indicavam seu acesso facilitado à residência da família, onde o crime ocorreu. O juiz Lucas Tambor Bueno destacou em sua decisão que a acusada possuía meios para ingressar no condomínio, o que facilitou a ação criminosa.
Este julgamento, porém, foi uma nova etapa após a anulação de uma condenação anterior em 2023, que havia estabelecido uma pena de 61 anos. Além de Anaflávia, Carina Ramos de Abreu, sua então namorada, e Guilherme Ramos da Silva, amigo do casal, já haviam recebido suas penas de 74 anos e 56 anos de prisão, respectivamente.
Posição da defesa
A motivação para o crime, segundo o Ministério Público, envolveu a ambição de se apropriar dos bens da família, incluindo a casa, carros e um seguro de vida em nome de Romuyuki Veras Gonçalves, pai de Anaflávia. O plano envolvia simular um assalto para roubar uma quantia de R$ 85 mil guardada em um cofre na casa. Anaflávia e Carina facilitaram a entrada dos cúmplices, que posteriormente mataram os pais e o irmão da ré com golpes na cabeça, antes de carbonizar os corpos. As defesas de Anaflávia e Carina tentaram minimizar suas responsabilidades, argumentando que a intenção inicial não incluía assassinatos.