Durante o debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo promovido pela TV Cultura no último domingo, José Luiz Datena, representante do PSDB, foi expulso após agredir o candidato Pablo Marçal (PRTB). O episódio ocorreu após um intenso confronto verbal entre os dois.
Em uma coletiva de imprensa, Datena reconheceu ter perdido o controle, afirmando que sua reação foi impulsionada por emoções pessoais ligadas à morte de sua sogra, que havia sido vítima de violência doméstica. Ele lamentou o ocorrido e disse que teria sido mais prudente se tivesse abandonado o debate antes do incidente.
Âncora anunciou que Datena havia sido expulso do debate
Na transmissão televisiva, foi anunciado que Datena havia sido removido do evento, enquanto Marçal, que foi o alvo da agressão, decidiu sair do debate para buscar atendimento médico. O clima de tensão começou quando Datena se recusou a fazer perguntas a Marçal, alegando que o adversário havia transformado os debates em meras oportunidades para promover seus programas na internet. Em resposta, Marçal fez graves acusações, insinuando que Datena havia cometido assédio sexual contra uma ex-colega de trabalho na Band, referindo-se a uma denúncia de 2019.
O caso mencionado por Marçal remonta a uma denúncia feita pela jornalista Bruna Drews, que alegou que Datena teria feito comentários inadequados sobre seu corpo. Datena processou Drews por calúnia, e posteriormente, ela assinou uma retratação pública em cartório, o que resultou no arquivamento do caso. Apesar disso, Marçal insistiu nas acusações durante o debate, pedindo que Datena pedisse desculpas ao eleitorado feminino e às mulheres em geral.
Datena chamou Marçal de bandidinho
Datena defendeu-se afirmando que o caso já havia sido encerrado pela Justiça e que Drews havia se retratado formalmente. Além disso, ele acusou Marçal de ser “um ladrão de banco”, uma referência à condenação de Marçal por furto qualificado e associação criminosa em 2010. Marçal, por sua vez, rebateu dizendo que Datena era um “mentiroso” e voltou a questioná-lo sobre as alegações de assédio.
O histórico criminal de Marçal envolveu sua participação em uma quadrilha que realizava fraudes bancárias por meio de e-mails maliciosos, o que resultou em sua condenação a quatro anos e cinco meses de prisão. Contudo, a pena foi extinta devido à prescrição do processo.