Poucos dias antes de seu desaparecimento, a modelo Eliza Samudio trocou mensagens com um amigo pela internet, expressando preocupações com o presente e seus planos para o futuro. Nessas conversas, a jovem relatou o desejo de concluir seus estudos, ingressar em uma faculdade e, finalmente, viver sem medo. Ela também comentou sobre seu interesse em fazer um supletivo à distância para terminar o Ensino Médio.
Apesar de suas esperanças de seguir uma vida tranquila, Eliza Samudio logo cairia em uma armadilha fatal. As mensagens foram obtidas pelo documentário A Vítima Invisível, que acessou o computador apreendido pela polícia em 2010. A senha do aparelho, curiosamente, era “amor e ódio”.
Eliza Samudio desejava concluir os estudos e cuidar do filho em paz
Nas mensagens, a modelo mencionava que não queria “encher o saco” do goleiro Bruno, a quem se referia como o pai de seu filho, e que seu objetivo era resolver as pendências com ele para focar na faculdade e cuidar da criança. “Jamais eu irei encher o saco dele, tu sabe. Quero terminar logo os estudos para fazer facul… Espero que até lá eu já tenha resolvido as coisas com o pai do meu filho. Depende da Justiça”, escreveu.
No entanto, a confiança que Eliza Samudio depositava nas intenções do jogador não corresponderia à realidade. A modelo seria levada do Rio de Janeiro para Contagem, em Minas Gerais, onde foi mantida em cárcere privado até ser brutalmente executada e ter o corpo ocultado.
Bruno havia pedido mais uma chance para Eliza Samudio
Em outro trecho das mensagens, Eliza Samudio contou que o goleiro Bruno havia pedido mais uma chance, prometendo mudar e viver em harmonia com ela e o filho que tiveram, apesar dos erros do passado.
“O que ele disse?”, perguntou o amigo. “Que quer uma chance, que temos que viver em harmonia, que temos um filho”, relatou a modelo. “Que não merece [uma nova chance], por tudo o que ele me fez, mas que vai provar que pode ser diferente”, acrescentou.