Alexandre de Moraes, do STF, ordena que Pablo Marçal preste depoimento em 24 horas

O perfil de Pablo Marçal no X, rede social que segue suspensa no Brasil, teria realizado movimentações no período da suspensão.

PUBLICIDADE

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que o empresário e candidato a prefeito pela cidade de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, prestasse depoimento no prazo de 24 horas. A determinação está relacionada ao alegado uso da rede social X, antigo Twitter, cujo acesso foi restringido em todo o território brasileiro em razão do descumprimento de outras decisões judiciais.

De acordo com um inquérito produzido pela PF (Polícia Federal), o perfil de Pablo Marçal na referida rede social teria permanecido com acesso, realizando publicações no decorrer do período em que a plataforma, em tese, estaria fora do ar. Por esse motivo, o ministro do STF determinou que o candidato preste esclarecimentos sobre a conduta.

Laudo problemático atribuído a Guilherme Boulos

A referida rede social teria sido utilizada, por exemplo, para a publicação do laudo toxicológico atribuído ao candidato Guilherme Boulos, do PSOL. O documento mostra que o deputado federal teria enfrentado um surto psicótico em 2021 pelo uso de cocaína. A imprensa e a família do médico responsável pela suposta assinatura, que faleceu no ano seguinte, vêm tratando o documento como falso.

O que disse Pablo Marçal?

Em entrevista a jornalistas durante as últimas horas de campanha antes do primeiro turno, no último sábado, dia 05 de outubro, Pablo Marçal disse que não poderia ser responsabilizado pela publicação do laudo, uma vez que não foi o responsável por sua confecção. O candidato afirmou ter obtido o documento por intermédio de seu advogado.

As candidaturas adversárias, integralmente, criticaram o comportamento do empresário. Guilherme Boulos, em específico, noticiou aos partidários políticos ter movido uma representação contra Pablo Marçal, prometendo, ainda, apresentar um pedido de prisão contra ele.