O furacão Milton, com uma força impressionante capaz de atingir a categoria máxima em menos de 24 horas, está a caminho da Flórida e deve atingir a cidade de Tampa na madrugada de quinta-feira (10). Este é o terceiro furacão com grande potencial destrutivo que ameaça os Estados Unidos nos últimos três meses, confirmando as previsões de que 2024 pode marcar uma das piores temporadas de furacões da história recente.
O fenômeno, que passou por uma rápida intensificação, levanta novos alertas sobre a necessidade de precaução e evacuação em áreas de risco. Nos últimos meses, o país já foi severamente afetado por furacões de grande intensidade. Em setembro, o furacão Helene devastou seis estados americanos, deixando mais de 200 mortos, enquanto o furacão Beryl, entre junho e julho, causou danos massivos no Caribe antes de atingir os Estados Unidos.
Aquecimento de oceanos preocupa
Esses eventos extremos revelam um padrão crescente de fenômenos meteorológicos mais intensos e frequentes, que têm causado destruição em uma escala sem precedentes. Segundo meteorologistas, o aquecimento dos oceanos, especialmente do Atlântico Norte, e a transição para o fenômeno climático La Niña, são dois dos principais fatores que têm contribuído para a intensidade e a formação frequente de furacões.
Os ciclones tropicais, como são tecnicamente chamados, se formam em sistemas de baixa pressão atmosférica que giram em torno de um centro e são alimentados por ar quente e úmido. Quando esse ar é sugado da superfície do oceano e sobe, ele forma as nuvens de chuva e gera ventos fortes, caracterizando os furacões.
Águas quentes são propícias para formação de furacão
As águas quentes das regiões próximas à Linha do Equador, como o Golfo do México, são áreas propícias para a formação e intensificação desses ciclones tropicais. Na Flórida, a Corrente do Golfo contribui diretamente para o aumento da força de furacões como Milton, que têm grande potencial de destruição. Mais de 1 milhão de pessoas receberam ordem para sair de casa.